F1: Ferrari troca motor de Leclerc nos EUA pensando em 2023
Na briga pelo vice-campeonato e pensando em 2023, a Ferrari deve trocar algumas peças do motor de Leclerc. Pode ser uma jogada arriscada
No começo desta temporada, Charles Leclerc falou que tinha como meta para 2022 vencer cinco corridas. Até aqui, o monegasco chegou três vezes no primeiro lugar do pódio. Com quatro para o fim, ele teria de vencer mais duas para chegar na meta, só que isso não será uma tarefa fácil.
Com todo mundo de ressaca após a derrota no Japão, Austin tem seus desafios. A Ferrari terá os seus: a equipe considera trocar pelo menos a unidade de combustão interna (ICE) de Leclerc, já pensando em soluções para 2023. Caso se confirme esta intervenção, serão pelo menos cinco posições de punição no grid para o #16.
Um dos pontos de atenção deste GP dos Estados Unidos é a quantidades de jovens pilotos de testes tendo chance no TL1. No caso da Ferrari, Robert Shwartzman assumirá o volante do carro de Leclerc. O russo, que agora está sob a bandeira de Israel, faz parte da academia de pilotos da equipe italiana desde 2017. Já era para ter feito sua estreia em 2020 em Abu Dhabi, mas agora tem a sua chance em um fim de semana oficial.
Por falar em Shwartzman, essa será a primeira vez desde 1976 que a Ferrari usará três pilotos durante um fim de semana de corrida. Naquele ano, foram utilizados Niki Lauda, Clay Regazzoni e Carlos Reutemann em 2 GPs (Itália e Estados Unidos Leste). Robert falou sobre isso e expectativa de ir à pista:
“Estrear em uma sessão oficial de Fórmula 1 com a Scuderia Ferrari é uma grande honra e ser o primeiro piloto a ter essa oportunidade em tantos anos torna o que farei na sexta-feira muito especial”, disse o russo-israelense.
O Circuit of Americas é conhecida por apresentar setores de alta velocidade e trechos sinuosos. É necessário encontrar o equilíbrio certo para ter downforce suficiente, porém é sempre bom cuidar dos pneus nesta pista, porque a degradação tende a ser alta.
O primeiro setor, após a subida da curva 1, apresenta uma alternância de curvas rápidas que lembram Silverstone. O segundo setor tem uma longa reta e possibilita tentativas de ultrapassagem, já o terceiro setor tem um misto de velocidade média e baixa, com uma certa utilização dos freios.
A Ferrari tem um jejum de vitórias e viu só a Red Bull vencer desde a Áustria. Novamente, o novo assoalho, que estreou no Japão e foi aprovado, pode ser um fator que faça a diferença. Com pista seca, será testada a real eficácia desse piso novo no carro vermelho.
Falar em vitória é difícil, mas há a expectativa que Carlos Sainz faça a pole position e que Leclerc, vindo de trás, intensifique seu foco na luta pelo vice-campeonato com Sérgio Pérez, que está dois pontos atrás do monegasco no campeonato.