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F1: FIA lança Diretriz Técnica sobre fundo e causa alvoroço

Às vésperas do GP de Las Vegas, com base em consulta da Red Bull, FIA lança Diretriz Técnica sobre o fundo dos carros e causa barulho

21 nov 2024 - 07h10
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Na F1 atual, o segredo é ficar junto ao chão, mas sem desgastar a prancha. Dona FIA resolveu fechar um pouco a porta...
Na F1 atual, o segredo é ficar junto ao chão, mas sem desgastar a prancha. Dona FIA resolveu fechar um pouco a porta...
Foto: Alpine BWT F1 Team

Corrida não se vence só na pista. Quem acompanha este espaço já está acostumado com esta frase e suas variações. E o GP de Las Vegas traz mais uma confirmação desta máxima. Segundo matéria do jornalista Michael Schimdt, da Auto Motor und Sport, a FIA baixou uma Diretriz Técnica, de efeito imediato, proibindo os times de protegerem as pranchas inferiores dos carros.

Esta ação teria vindo após um pedido de esclarecimento da Red Bull, já que o regulamento tinha uma redação um pouco enviesada e deixaria margem para que pudesse se usar uma proteção de maneira a reduzir o desgaste das pranchas dos carros e evitar desclassificações...Em princípio, metade do grid estaria infringindo esta diretriz técnica...

Só de cabeça para baixo para poder ver a prancha que vai embaixo de um F1. A notar os buracos maiores, onde é medido o desgaste pelos Comissários
Só de cabeça para baixo para poder ver a prancha que vai embaixo de um F1. A notar os buracos maiores, onde é medido o desgaste pelos Comissários
Foto: X / Reprodução

A grande questão aqui é como os times buscam os limites de regras e se observam o tempo todo. No caso em questão, esta Diretriz acaba por mexer em uma área crítica para os times: a distância ao solo.

Desde 1994, na esteira dos acontecimentos de Imola, a FIA estabeleceu o uso de uma prancha de madeira (hoje o material é uma resina que lembra madeira, o fibroc) de 10mm na parte inferior do carro, de modo a impedir que ficassem colados ao chão e gerar o máximo de pressão aerodinâmica. Com a volta formal do efeito solo a partir de 2022, o objetivo dos times é deixar os carros próximos ao chão para garantir mais velocidade ao ar que passa por baixo e assim ficar mais “grudados”.

Ferrari de Carlos Sainz em Imola 2022: o detalhe da prancha e os pontos de fixação e medição
Ferrari de Carlos Sainz em Imola 2022: o detalhe da prancha e os pontos de fixação e medição
Foto: X / Divulgação

Pelo Regulamento Técnico (item 3.5.9), esta prancha não pode desgastar mais do que 1mm na prova. Os últimos casos de desclassificação por este motivo vêm de Austin 2023, quando Leclerc e Hamilton tiveram desgaste excessivo. O que se alega que algumas equipes vinham fazendo: Em alguns dos buracos de visita para verificação de desgaste e fixação, vinha se colocando algumas placas de metal para poder proteger do desgaste.

Desta forma, usando esta proteção, os times poderiam ousar deixar os carros mais baixos e não haveria o desgaste justamente onde é feita a medição...Neste caso, as equipes que estariam não cumprindo esta Diretriz tem tempo de ajustar seus carros. Porém, a partir de Las Vegas, do jeito que estava não pode mais.

Com esta Diretriz Técnica, a FIA busca fechar mais as brechas regulamentares. E mostra mais uma vez até onde os times vão para buscar performance. Não é somente na F1 isso...

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