F1: Mercedes e Hamilton quase vencem o GP dos EUA. Quase...
A Mercedes tinha o GP dos EUA como a principal chance de vencer neste fim de temporada 2022. Por pouco, não funcionou. Ah, os detalhes...
Mesmo com um carro complicado como o W13, a Mercedes não desiste de não passar em branco este ano. Um trabalho grande para tentar salvar o carro e podemos dizer que houve avanços. Entretanto, a janela de funcionamento é muito estreita e depois falaremos com mais detalhe sobre isso.
O GP dos EUA foi encarado pelo time como a última grande chance de vitória na temporada. Um novo assoalho foi trazido, bem como um alívio de 5kg de peso. Uma nova asa dianteira apareceu, com o acréscimo de 5 tirantes entre os elementos. Este foi um exemplo de como o pessoal técnico vai ao limite do regulamento: as regras permitem isso (um limite de 8 tirantes para manter a continuidade dos flaps). Mas como algumas dúvidas surgiram, a Mercedes decidiu não usar a peça esta prova...
Mas voltando ao caso do GP. Embora tenha havido melhoras, o W13 seguiu mostrando um problema sério de velocidade máxima, embora tenha registrado bons momentos nas saídas de curva. Isso que permitir Hamilton e Russell sonharem com boas posições no grid. Com a punição de Leclerc e Perez, ambos largariam na segunda fila.
Aí, a famosa administração de pneus por parte da equipe. Para este fim de semana, a Pirelli disponibilizou os compostos C2/C3/C4. A Mercedes ficou tentando trabalhar bastante com os médios (C3) e percebeu que o funcionamento com eles não era o melhor por conta do nível de degradação. Deste jeito, tanto Hamilton como Russell foram para uma estratégia de 2 paradas, largando com médios novos e depois indo para os duros, que mostraram um desempenho melhor.
Porém, este quadro acabou deixando a Mercedes descoberta em relação às Red Bull, que é um carro com uma situação de aerodinâmica e estabilidade à frente do W13. Eis o quadro da Pirelli com o quadro de pneus disponíveis para o domingo.
Na parte final da prova, graças ao Carro de Segurança, os carros ficaram próximos e a Mercedes mostrou um bom ritmo com os pneus duros. Diante do quadro, a aposta neste composto se provava bem promissora. Hamilton foi na volta 34 para a sua troca final. Verstappen foi na volta seguinte e calçou os médios, além de ter tido um problema na colocação do seu dianteiro esquerdo, perdendo mais de 11 segundos.
A esta altura, Leclerc se aproveitou do Carro de Segurança e voltou para a briga, além de contar também com um jogo de médios novos. A esperança de Hamilton era que os pneus médios sofressem com o calor e a abrasividade da pista e assim os duros se sobressaíssem no final da prova.
Por um momento, a situação pareceu a favor de Hamilton: ele assumiu a liderança e ia andando praticamente no mesmo tempo de Leclerc e Verstappen. Entretanto, o desempenho da Mercedes não se manteve e o nível de funcionamento dos médios da Red Bull foi mais constante. A esta altura, mais uma vez a Ferrari trucidou os pneus e teve que preocupar em manter o último lugar do pódio...
Foi uma aposta que a Mercedes fez para tentar sua primeira vitória em 2022. Por muito pouco não deu certo, mas diante de um carro que está longe do desempenho que se espera, alguns riscos têm que ser tomados. Hamilton tentou que a estratégia funcionasse, mas teve que bater palmas ao conjunto Verstappen/Red Bull.