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F1: Red Bull, o exército de um Verstappen só

Não é de hoje que a Red Bull se vê dependente de Verstappen. Mas diante das mudanças internas, cada vez mais o time é refém do piloto

22 mar 2025 - 18h58
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Max Verstappen nos treinos do GP da China: a Red Bull hoje depende inteiramente dele
Max Verstappen nos treinos do GP da China: a Red Bull hoje depende inteiramente dele
Foto: Pirelli Motorsport

Se tem uma equipe com desafios enormes para 2025 é a Red Bull. Após perder os trabalhos de Adrian Newey, os taurinos tentam fazer o Newerismo sem o seu guru e o mais complicado: não ter a dependência de Max Verstappen para ter resultados.

Sobre o primeiro item, Pierre Wache vem tentando fazer o seu melhor dese o ano passado. Mas Newey não foi o único nome que saiu: Rob Marshall foi para a McLaren em 2024 e se atribui a ele muitas das soluções do atual MCL39.

O fato é que a Red Bull sofre com um tunel de vento que cobra sua idade (embora tenha sofrido várias modernizações ao longo do tempo, sua origem é no final da década de 50) e problemas de correlação de dados. Um novo tunel de vento está em construção e talvez ajude para 2026, enquanto sobre a correlação, aparentemente o problema foi resolvido...

Uma foto de que a Red Bull está diferente é a abordagem em relação ao projeto de 2025. Já no ano passado, o time teve que fazer um trabalho firme para tentar recuperar parte da eficiência do carro, inclusive revertendo muito das atualizações trazidas ao longo da temporada. O RB21 é uma evolução do conceito básico do RB18 de 2022, mas cheio de soluções “inspiradas” na concorrência para poder dar condições para se manter na frente. Afinal de contas, não é somente no campeonato de pilotos que chama a atenção, mas os Construtores é onde sai boa parte da grana...

Ainda sobre o RB21, os comandados de Waché trabalharam muito onde não aparece tanto: fundo do carro e a distribuição interna de peças. A Red Bull trabalhou muito na redistribuição da área de refrigeração para poder redesenhar as laterais e o capô do motor, de modo a trazer o ar menos perturbado para a traseira. Tanto que saíram por enquanto de cena os grandes canhões e um conceito mais enxuto.

Pelo que os pilotos trouxeram, o carro ficou mais fácil de pilotar. Porém, o avanço feito não foi o bastante para a Red Bull. Especial Max Verstappen.

Aqui entramos numa "Verstappendependência" que os taurinos sofrem e não é de hoje. Ao longo dos anos, vimos vários times esfacelarem diante do fato de construírem seu desempenho em torno de um único piloto. Isso não se vê somente na F1, mas na MotoGP tivemos o exemplo gritante da Honda em relação a Marc Marquez. O espanhol era o único que fazia as máquinas japonesas andarem rápido.

Hoje, um dos postos mais inglórios da F1 é o segundo carro da Red Bull. Max Verstappen é um piloto de inegável talento e acaba por trazer o carro no limite. Embora tenhamos basicamente duas etapas até aqui, dá para notar que Verstappen está trazendo o carro pelo colarinho. E vemos Liam Lawson cada vez mais se preparando para seguir o figurino que seguiram Gasly, Albon...

No mato sem cachorro? Liam Lawson ainda busca seu caminho na Red Bull
No mato sem cachorro? Liam Lawson ainda busca seu caminho na Red Bull
Foto: Red Bull Content Pool

Nestes momentos é que lembramos das falas do ano passado que a Red Bull deveria escutar mais o que Perez vinha falado sobre o carro. Voltando ainda mais, chega uma fala de Alex Albon, onde ele compara o estilo de pilotagem de Max Verstappen a um cursor de computador que muda a toda hora. Somente um daqueles caras fora de série é que conseguem se achar com carros assim. Não é a toa que um dos motivos que fizeram Pierre Gasly ser defenestrado da Red Bull era a sua insistência em tentar acertar o carro ao seu estilo de pilotagem...

Hoje, a Red Bull depende inteiramente de Max Verstappen. E ele já deixou claro várias vezes que, se achar que não tem um carro competitivo, ele sai do time, embora tenha um contrato válido até o fim de 2028. A Red Bull se vê em um tremendo mato sem cachorro porque não tem ninguém em suas fileiras que possa fazer um papel de liderança. Sem contar torcer para que Lawson encontre o seu caminho para que o time possa – quem sabe? - ter um nome em que confiar. Para substituir hoje, somente Tsunoda poderia fazer. Trazer Ricciardo de volta? Improvável.

A vida muda a cada minuto. O cenário hoje não é melhor para a Red Bull. Desde o ano passado, luta para não se desmontar. Porém, mesmo com todo o esforço, ainda é preciso mais para evitar a queda. Hoje, é um exército de um Verstappen só.

Parabólica
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