Script = https://s1.trrsf.com/update-1732567509/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

F1: Williams comanda o resgate da Superlicença de Sargeant

Após não ter conseguido completar as voltas necessárias no México, a Williams coloca Logan Sargeant para andar em Interlagos

10 nov 2022 - 09h56
(atualizado às 10h01)
Compartilhar
Exibir comentários
Logan Sargeant pode ser titular na Williams em 2023. Só precisa da Superlicença
Logan Sargeant pode ser titular na Williams em 2023. Só precisa da Superlicença
Foto: Williams Racing / Divulgação

A Williams parte em uma corrida contra o tempo para garantir a Superlicença para Logan Sargeant. Em Austin, a equipe britânica anunciou que o jovem americano seria seu piloto titular para 2023 desde que conseguisse a autorização dada pela FIA.

Para a obtenção da Superlicença, um piloto precisa obter 40 pontos em 3 anos. Atualmente, Logan Sargeant tem 28 pontos, conforme o quadro abaixo:

Quadro de pontos de Logan Sargeant para a obtenção da Superlicença
Quadro de pontos de Logan Sargeant para a obtenção da Superlicença
Foto: Do autor

O plano da Williams era perfeito: Sargeant faria dois treinos livres em Austin e Abu Dhabi. Isso daria mais 2 pontos pelo menos e deixaria o americano com 29 pontos. Para não ter erro, decidiu-se posteriormente fazer mais um treino livre no México. Bastava fazer 100 km (o que dá entre 20 a 25 voltas, dependendo do circuito) sem levar nenhuma advertência e fecharia os 30 pontos. Assim, para conseguir a Superlicença, Sargeant precisaria de um singelo 6º lugar no campeonato da F2 em Abu Dhabi para fechar os 40 pontos e se habilita para ser o 233º piloto estadunidense na F1.

Tudo lindo, mas é preciso combinar com os fatos. E o plano começou a fazer água...

A primeira parte, correu tudo bem. Sargeant fez um TL1 sem problemas em Austin e conseguiu o seu respectivo ponto. Mas no México, talvez os deuses astecas resolveram aprontar: vários times optaram por usar esta prova para cumprir o regulamento e dar chance aos “jovens pilotos”. Um deles acabou por prejudicar os planos da Williams: Liam Lawson, então na Alpha Tauri, teve um problema de freios e o treino acabou sendo atravancado. Com isso, Sargeant completou 22 voltas.

Aí o plano fez água: como o Circuito Hermanos Rodriguez é o mais curto da temporada (4.304m), Sargeant completou exatamente 94,668m. Pouco mais de 5km o separaram dos 100km. Não houve possibilidade de concessão e o americano não ganhou o ponto.

Logan Sargeant no TL1 do GP do México. Por 2 voltas, não conseguiu obter mais 1 ponto para a Superlicença
Logan Sargeant no TL1 do GP do México. Por 2 voltas, não conseguiu obter mais 1 ponto para a Superlicença
Foto: Williams Racing / Divulgação

Desta forma, sobrariam duas possibilidades para a Williams: manter o plano de ir para o treino livre de Abu Dhabi e contar com o uso de 2 pontos de bonificação previstos nas regras por não levar nenhuma punição durante a temporada ou fazer um treino livre em Interlagos. A equipe optou pela segunda.

Mesmo com um final de semana com Sprint Race, o regulamento permite que os “jovens pilotos” ou pilotos com Superlicença possam participar dos Treinos Livres 1 ou 2. A Williams consultou a FIA e vai usar o TL2 de sábado para dar a quilometragem necessária para Sargeant no lugar de Alex Albon. 24 voltas serão o bastante para ele.

Portanto, Sargeant chegaria a Abu Dhabi com 29 pontos na carteira, precisando de 11. Ele chega para a última prova da F2 na 3ª posição do campeonato, com 135 pontos. Como temos pelo menos 39 pontos em disputa, até o 11º lugar pode ultrapassá-lo.

O ideal para Sargeant é se manter na sua posição atual, o que lhe daria os 40 pontos de forma direta. O limite para o americano seria a 6ª posição, considerando que faria o TL1 sem problemas e levasse mais 1 ponto. Assim, teria os 30 pontos e completaria os 40 com os 10 pontos referentes ao 6º lugar no campeonato.

Eis o quadro de pontuação das categorias nas regras de emissão de licença de pilotagem
Eis o quadro de pontuação das categorias nas regras de emissão de licença de pilotagem
Foto: Anexo L do Código Desportivo Internacional/FIA

Mas a pergunta é: se em um quadro extremo Sargeant não conseguisse a pontuação, o que aconteceria? Ou a Williams teria que escolher um novo piloto com SuperLicença ou encaixar Sargeant na Fórmula Regional Asiática (FRAC), que vai de janeiro a fevereiro em 5 etapas distribuídas entre Kuwait, Abu Dhabi e Dubai e que dá 18 pontos ao vencedor. Para quem não se lembra, Nikita Mazepin e Pietro Fittipaldi usaram esta estratégia em 2019.

Aguardemos o que pode acontecer. Em tese, o caminho de Sargeant para a SuperLicença é tranquilo. Porém...

Parabólica
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade