Ferrari culpa sobreviseira de Verstappen por excesso de velocidade de Leclerc no pit-lane

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A Ferrari culpou uma sobreviseira de Max Verstappen pelo excesso de velocidade de Charles Leclerc no pit-lane de Spa-Francorchamps no domingo (29). De acordo com Mattia Binotto, uma película removida do capacete do piloto da Red Bull causou um superaquecimento em um sensor da F1-75, o que acabou atrapalhando na hora da última parada do monegasco no GP da Bélgica.

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Leclerc passou pelo pit-lane apenas 1 km/h acima dos 80 km/h permitidos, o que resultou em uma punição de 5s ao tempo de prova, derrubando Charles para a sexta colocação.

Charles Leclerc tomou uma punição e ficou em sexto (Foto: Ferrari)

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Questionado sobre a decisão de parar Leclerc tão tarde, Binotto comentou: "Foi muito, muito no limite".

"Não estávamos usando nossos sensores normais de velocidade, pois eles tinham falhado durante o superaquecimento do dianteiro direito por causa da sobreviseira do Max, e o nosso [sistema] de resuperação talvez não tenha sido tão preciso", assumiu. "Acho que, no geral, foi uma situação em que demos azar. Mas não é por isso que deixaremos de decidir e ser corajosos e buscar uma volta rápida quando as condições permitirem", ponderou.

Depois de vencer de forma dominante na Bélgica, Verstappen comentou o problema de Leclerc e revelou que soube de sua participação involuntária por Carlos Sainz Jr., terceiro colocado.

"Carlos me disse que foi uma sobreviseira. Não sabia. Espero que não seja minha, mas tinha muita coisa", comentou. "Honestamente, todos nós estamos arrancando coisas e é um super azar isso acontecer", avaliou.

"Você fica sempre com medo disso acontecer, especialmente quando você está no bolo e, principalmente, em uma pista como essa, em que você tira muito rápido", comentou. "É o seu pior pesadelo que essas coisas aconteçam, mas, infelizmente, acontecem", lamentou.

Apesar do revés, Binotto acredita que a Ferrari tomou a decisão certa e deve seguir se arriscando quando as oportunidades se apresentarem.

"Era uma oportunidade de tentar fazer a volta mais rápida e tinha margem em relação ao Fernando para parar e tentar", apontou. "Acho que foi a decisão acerta, e sabíamos que seria muito próximo de Fernando. Foi muito apertado para perder a posição", assumiu.

"Mas nós também sabíamos que ele poderia ultrapassá-lo de volta, pois teria pneus mais novos, o que poderia ajudá-lo em termos de DRS e velocidade máxima na reta principal", observou. "Mais uma vez, acho que foi a decisão certa", sublinhou.

Ao longo da temporada, a Ferrari cometeu vários erros estratégicos. Na corrida de Spa-Francorchamps, Leclerc foi várias vezes questionado pelo engenheiro sobre quais pneus deveriam usar. Mas, apesar dessa espécie de terceirização de responsabilidade, Mattia não vê necessidade "nenhuma" de repensar a postura da escuderia.

"Obviamente, sempre existe a necessidade de tentar melhorar, e sempre existem lições sobre as quais estamos refletindo", frisou. "Mas olho para a temporada e vejo muitas percepções de fora em comparação com o que é a verdade e a realidade e acho que às vezes não estamos errando quando as coisas são percebidas como erro", avaliou.

"Mais do que isso, se olharmos para hoje e focarmos em hoje, acho que a decisão de pará-lo foi a certa. É preciso ser corajoso na Fórmula 1", concluiu.

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