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FIA calcula "alguns anos" até efeito do teto de gastos, mas vê distância menor entre times

O diretor-técnico de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis, citou o exemplo das temporadas de 2009 e 2014, que também tiveram mudanças grandes nas regras e houve uma diferença muito maior entre as equipes do grid da F1

22 dez 2022 - 12h29
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Red Bull, Ferrari e Mercedes sobraram nos dois últimos anos na F1
Red Bull, Ferrari e Mercedes sobraram nos dois últimos anos na F1
Foto: AFP / Grande Prêmio

Sempre que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) pensa em uma mudança de regulamento na Fórmula 1, um dos objetivos principais é buscar um equilíbrio maior entre as equipes e, com isso, aumentar a competição durante as corridas. Um desses recursos foi o limite orçamentário, instituído na temporada de 2021, mas o que se viu foi a categoria sendo dominada por apenas três times nos últimos dois anos: Red Bull, Ferrari e Mercedes. Um cenário, contudo, que não surpreendeu a entidade, pelo contrário: mostrou que, em "mais alguns anos", as distâncias de performance entre os carros serão ainda menores.

O tema foi discutido pelo diretor-técnico de monopostos da entidade, Nikolas Tombazis. À Autosport, o engenheiro de formação explicou que a própria história da F1 mostra que é comum as equipes de ponta terem vantagem sobre as demais, mesmo com mudanças técnicas no regulamento, como a vista para a temporada 2022 — além do teto de gastos, os modelos deste ano contaram com a volta do efeito-solo.

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A Mercedes conquistou apenas uma vitória em 2022
A Mercedes conquistou apenas uma vitória em 2022
Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio / Grande Prêmio

"Não foi inesperado", disse Tombazis sobre o domínio das três grandes. "Vai demorar alguns anos até o efeito do teto de gastos diminuir, pois as equipes ainda possuem uma vantagem inicial", acrescentou.

"Inicialmente, acredito que eram as equipes em melhor situação que se adaptavam melhor às regras. Mas acho que, agora, todos viram quais são as melhores soluções e provavelmente vão se adaptar para o ano que vem", completou o diretor.

Apesar da tal vantagem, houve uma importante inversão na ordem de forças este ano: após oito temporadas de domínio absoluto, a Mercedes se viu relegada ao posto de terceira força, conseguindo apenas uma vitória, no GP de São Paulo. Situação, no entanto, que Tombazis acredita ser reflexo do primeiro ano sob as regras vigentes.

"Acho que isso foi resultado de ser o primeiro ano sob o novo regulamento. Quero dizer, por ser o primeiro ano, as distâncias [entre os times] foram baixas. Se fosse o quinto ano, aí sim seria preocupante, mas foi o primeiro", avaliou.

"Se olharmos para anos como 2014 ou 2009, ou até mesmo 1998, sob novos regulamentos, havia diferenças enormes [entre as equipes] nessas primeiras temporadas. Acho que, este ano, foi muito menor", concluiu Tombazis.

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