FIA inclui relógios na proibição de joias da F1 e define punições em até R$ 1,3 milhão
A diretriz da FIA quanto à proibição do uso de joias em corridas fica cada vez mais rigorosa. Dessa vez, Niels Wittich, diretor de prova da F1, deixou claro: relógios também estão inclusos na restrição
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A polêmica quanto ao uso de joias, em meio ao GP de Miami, segue a todo vapor - e ganhou um novo capítulo neste sábado (07). O diretor de prova da Fórmula 1, Niels Wittich, emitiu um esclarecimento adicional sobre a interpretação das regras a ser adotada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e deixou claro: relógios também estarão inclusos na proibição.
"Quanto aos interesses de segurança, relógios serão considerados joias", disse a nota emitida por Niels Wittich neste sábado.
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Não há, no entanto, nenhum documento oficial que explique as penalidades que serão aplicadas se os pilotos quebrarem tais regras - vale lembrar que o regulamento quanto ao uso de joias existe desde 2005, mas nunca teve fiscalização severa como agora.
De acordo com a revista Autosport, uma primeira infração implica em multa de US$ 52 mil (cerca de R$ 264 mil), enquanto uma reincidência acarreta penalidade de até US$ 265 mil (R$ 1,346 milhão). Em caso de terceira ocorrência, o piloto em questão pode até mesmo sofrer com perda de pontos no campeonato.
"Não quero pagar essa multa", disse Kevin Magnussen, ao afirmar que vai cumprir a regra, mesmo não concordando plenamente com as diretrizes da FIA. "Entendo o que eles estão dizendo, mas eu trocaria um pouco de queimaduras no dedo para correr com minha aliança de casamento. Se algo ruim acontecesse, eu gostaria de estar usando minha aliança - me sinto mal de ter que tirar. Com algo como uma aliança, deixem os pilotos assumirem a responsabilidade", completou o dinamarquês.
Depois de reforçar a proibição ao uso de joias (piercings e correntes) durante as corridas da F1, na Austrália, a FIA desembarcou para o primeiro GP de Miami da história da Fórmula 1 com uma nova diretriz sobre o assunto, ainda mais rigorosa. O órgão regulador introduziu uma seção nos formulários de verificação técnica obrigatória - que as equipes devem assinar no registro da etapa. Tais formulários passaram a ter duas passagens extras, delineando as regras estipuladas no Código Desportivo Internacional. As equipes devem declarar que seus respectivos pilotos não usam joias e que suas roupas íntimas de corrida também estão de acordo com os padrões de segurança da entidade.
Kevin Magnussen se posicionou contra a FIA quanto ao uso de joias (Foto: Haas F1 Team)
Estes dois aspectos passam a ser, agora, considerados como parte da inspeção técnica dos carros. O que isso significa, pois? Significa que, se os padrões da entidade não forem atendidos, o registro da equipe poderá ser considerado ilegal - e acarretar nas punições citadas acima.
Tanto Lewis Hamilton quanto Sebastian Vettel externaram suas respectivas insatisfações com as medidas da FIA e protestaram publicamente. Enquanto o heptacampeão usou diversas joias para peitar a entidade em entrevista coletiva, o tetracampeão usou uma cueca por cima de seu macacão - já que o órgão regulador também declarou que os pilotos devem usar roupas íntimas antichamas.
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