FIA pisca na briga com a F1 e Sulayem diz que ficará distante
De acordo com o Daily Mail, o Presidente da FIA enviou carta aos times dizendo que "não se envolverá mais no dia a dia da F1".
A briga política F1 x FIA teve um novo capítulo nesta quarta (08) e, aparentemente, caminha para um apaziguamento. Após grande troca de declarações e até a promessa de uma escalada da tensão, a FIA aparentemente piscou.
Em sua edição de hoje, o jornal britânico Daily Mail reporta que o Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, teria enviado mensagem às equipes da F1 na última segunda, informando que não teria mais influencia direta nas decisões da categoria. Segundo ele, as ações do dia-a-dia serão conduzidas por Nikolas Tombazis e sua equipe, com ele se concentrando nas questões mais estratégicas. (ver aqui)
Isso seria um recuo estratégico diante dos últimos acontecimentos. Tanto Ben Sulayem quanto a F1 fizeram apostas cada vez mais arriscadas e o emiradense resolveu ceder agora. O movimento se justifica pelo mandatário como o “cumprimento de uma promessa de campanha”.
De fato, uma das plataformas de campanha de Ben Sulayem era deixar na mão de profissionais a gestão da entidade, tornando a situação mais empresarial e o cargo de Presidente mais como decorativo. Tanto que foi nomeada uma CEO meses atrás para tocar a FIA.
Em relação a F1, semanas atrás a FIA anunciou uma grande reestruturação na equipe que cuidava da categoria para trazer tarefas que estavam com a Liberty Media e dar mais protagonismo à entidade., Neste caso, a mudança foi vista com bons olhos diante dos tropeços da FIA nos últimos anos.
É este grupo comandado por Nikolas Tombazis que deverá agora ter mais interação com os times e a Liberty Media. Porém, isso não quer dizer que Bem Sulayem deixará de lado seus poderes. Afinal de contas, ele ainda tem mais 2 anos de mandato e, mesmo sendo um “presidente não-executivo”, pode muito ainda.
Afinal de contas, o processo de consulta para novos times na F1 ainda segue e, até que se tenha disposição em contrário, será mantido. Neste caso, embora se tenha toda uma estrutura específica, é uma obra de Ben Sulayem.
Até cabe pensar que houve aqui um “acordo de mafiosos”: a FIA segue com o processo de novas equipes na F1 e Liberty e equipes aceitam. Porém, Bem Sulayem seria uma espécie de Rei da Inglaterra a partir de então: reina, mas não governa.
Mesmo assim, em tudo sendo verdade, não deixaria de ser um certo golpe de estado na FIA. Afinal, mesmo sendo o “cumprimento de uma promessa de campanha”, o momento em que esta decisão estaria sendo tomada seria uma capitulação de Ben Sulayem na arena política. Ao menos neste momento.
-1iv9bbdytc4f6.jpg)
