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'Fico' de Hamilton na F1 abre portão para o que parecia impossível: soldados de Masi

Michael Masi é, por enquanto, o diretor de provas da F1. Recentemente, uma onda de defesa do que parecia ser indefensável vem tomando conta do grid. Ao que tudo indica, a confirmação de permanência do heptacampeão mundial Lewis Hamilton parece ter servido de gatilho para os 'advogados' do australiano

17 fev 2022 - 04h01
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Michael Masi é, por enquanto, o diretor de provas da F1
Michael Masi é, por enquanto, o diretor de provas da F1
Foto: Reprodução/F1 / Grande Prêmio

F1 2022: FIA FALA EM TROCA DE MASI, MAS QUEM ASSUME?

"Não houve muito que ele tenha feito de errado." Foi assim que, nesta quarta-feira (16), o diretor esportivo da Alfa Romeo, Beat Zehnder, defendeu as ações tomadas por Michael Masi no GP de Abu Dhabi do ano passado.

Zehnder não foi o único que tomou partido em relação à controvérsia, decisiva para o título mundial de Max Verstappen. Também na quarta-feira, Danny Sullivan, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 1985 e membro da rotação de comissários da FIA, afirmou que Masi "trabalha como um cachorro durante todo o ano" e culpou a recomendação de término de corridas em bandeira verde pela bagunça nos Emirados Árabes Unidos.

Coincidentemente - ou não -, declarações pró-Masi, como estas, vêm tornando-se mais frequentes depois que Lewis Hamilton utilizou as redes sociais (após cerca de dois meses) para dizer que "está de volta". A confirmação da permanência do heptacampeão mundial na categoria parece ter sido o gatilho necessário para que uma onda de defesa do indefensável - até então - tomasse conta do que circunda o grid da F1.

E se Zehnder e Sullivan não representam nomes de muito peso, que talvez não sejam levados tão a sério pela opinião popular, a coisa muda de figura quando pilotos da Fórmula 1 começam a entrar em cena e dar o seu pitaco sobre a questão.

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"Eu apoio Michael e acho que muitas outras coisas que ele fez nas últimas temporadas foram ótimas", disse Lando Norris que, justiça seja feita, cobrou por mais consistência do diretor e comissários. Já o companheiro de equipe do britânico, Daniel Ricciardo, foi mais a fundo. "O esporte, de maneira geral, tem muito mais exposição hoje, o que é ótimo para alguns elementos, mas provavelmente coloca sob pressão gente que não quer ficar nessa condição ou que não está acostumada a isso. É difícil olhar para trás e imaginar quando um diretor de corridas ou um comissário apareceu tanto na mídia. É um território único e desconhecido."

A dupla da McLaren não foi a única a se mostrar favorável a Masi. Tetracampeão mundial, Sebastian Vettel relembrou que o atual - por enquanto - diretor assumiu o posto repentinamente após a morte de Charlie Whiting e que, por conta disso, não teve um início fácil de trabalho. O alemão ainda revelou que deseja que o australiano siga no cargo, ainda que tenha que "focar no esporte e não tanto no show".

Não só de pilotos é composta a advocacia de defesa de Masi. Representantes de equipes, como Josh Capito, chefão da Williams, e Jonathan Wheatley, diretor da Red Bull, também escolheram os seus lados na questão.

Michael Masi esteve no centro da polêmica sobre o GP de Abu Dhabi (Foto: FIA)

Um dos poucos que parece manter firme a postura anti-Masi é Lance Stroll. O piloto canadense recentemente voltou a chamar de "ridícula" a decisão tomada em Abu Dhabi e não escondeu o descontentamento com a inconsistência no seguimento das regras. Mas a fonte deve ser relevada pelos laços que a família Stroll mantém com a Mercedes, parte interessadíssima na controvérsia.

E já que falamos nela… no mesmo dia das declarações de Zehnder e Sullivan, o perfil oficial do time publicou uma foto de Hamilton com a legenda "ano 16". Ao (in?)diretamente reiterar a volta-daquele-que-não-foi, a Mercedes sutilmente manda um recado claro: não está alheia à tal onda de defesa.

A confirmação da permanência de Hamilton só aconteceu porque a FIA dava todos os indícios de que estava pronta e se preparando para superar Michael Masi. Ao revelar que o diretor de provas ficou muito abalado com a repercussão dos fatos em Abu Dhabi, Peter Bayer, secretário geral da entidade, foi o famoso "morde e assopra": declarou suporte da FIA ao australiano, mas fez questão de ressaltar a necessidade da investigação do ocorrido em Yas Marina e, inclusive, admitiu a possibilidade de ser o novo dono do cargo.

Claro que tal possibilidade não se originou do acaso. A própria entidade, na figura de seu presidente, Mohammed Ben Sulayem, indicava uma nova direção. Sulayem pediu que Peter Bayer fizesse propostas de mudanças, otimizando a estrutura organizacional da Fórmula 1 e da própria FIA para o ano de 2022.

A cereja do bolo foi a remoção dos nomes de Michael Masi e Nikolas Tombazis do site oficial da Federação Internacional do Automobilismo. Agora, somente Bayer aparece nas funções de diretor de provas e chefe de assuntos técnicos, cargos respectivos de Masi e Tombazis.

Michael Masi e Nikolas Tombazis fora? O organograma da FIA indica que sim (Foto: Reprodução)

Dada a conjuntura, se antes Hamilton queria uma rápida resolução das investigações sobre Abu Dhabi para confirmar sua presença no grid em 2022 - e a FIA se mostrou favorável a isso -, agora o heptacampeão mundial terá que lidar com os soldados de Masi, que atuam mais perto do que o britânico poderia inicialmente pensar. Se serão capazes de reverter uma decisão que se mostrava tão certa quanto o sol e a lua, a descoberta virá via Conselho Mundial de Automobilismo, no Bahrein, uma semana antes do começo da temporada, quando os resultados finais e decisões sobre todo esse processo saem de forma definitiva.

A Mercedes aguarda uma ação contundente da entidade, que obviamente não quer perder uma figura tão competente - e, consequentemente, popular - como Hamilton. Ainda mais em uma temporada histórica como a de 2022 promete ser. A bola e o relógio, principalmente, estão no campo da FIA.

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