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Fórmula 1 debate teto salarial, mas pilotos mostram resistência à ideia: "Não é necessária"

Em meio ao novo - e reduzido - limite orçamentário, equipes e Fórmula 1 tentam encontrar alternativas para cumprir com o teto de gastos. E ideia que limita salários encontrou resistência severa dos pilotos

6 jun 2022 - 09h53
(atualizado às 11h08)
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Limite de salário? Nem pensar!
Limite de salário? Nem pensar!
Foto: AFP / Grande Prêmio

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O conceito do teto salarial é muito comum nas ligas esportivas dos Estados Unidos e da Oceania. A ideia de limitar quanto atletas recebem de salário por um determinado período encontra razão na intenção de criar-se uma menor desigualdade entre competidores e controlar custos.

Tal ideia chegou à Fórmula 1, que se vê diante de um novo - e reduzido - limite orçamentário. Como parte de seu novo regulamento técnico, a categoria colocou em vigor um novo teto de gastos para 2022: quantia de US$ 140 milhões (aproximadamente R$ 666 milhões, na cotação atual), cerca de US$ 5 milhões (próximo dos R$ 24 milhões) a menos em comparação a 2021. O teto de gastos da F1, entretanto, se limita atualmente aos gastos gerais de cada equipe em instalações de desenvolvimento e membros de engenharia. Os três maiores salários pagos a peças-chave do corpo de funcionários também não entram na conta.

Entretanto, os times do grid encontram-se pressionados para cumprir com o teto orçamentário. Com a invasão da Ucrânia por parte da Rússia e a inflação subindo devido à guerra, a tendência é que algumas equipes não consigam respeitar com a determinação dos gastos, pois teriam que fazer cortes severos para se manterem dentro da regra. Mediante tal contexto, propostas para a introdução de um teto salarial dos pilotos ressurgiram.

Stefano Domenicali, chefão da Fórmula 1 (Foto: Lamborghini)

"Este é um ponto que começamos a discutir há um mês, junto com times, a F1 e a FIA. Não há uma solução direta e não será no curto prazo. A razão para isso é que já temos contratos em vigor e não podemos simplesmente quebrar tais acordos - existem implicações legais", revelou Mattia Binotto, chefe da Ferrari, explicitando a ideia - que encontra muita resistência dos pilotos.

"Não sou um grande fã da ideia", disse Valtteri Bottas, ao dizer que espera que a proposta "não vá para frente". "Os pilotos ainda precisam tirar algo disso. Talvez a gente possa reduzir o salário dos chefes de equipe. Vamos ver. Se for justo para chefes e pilotos, então tudo bem", completou o finlandês.

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"Não sei quem inventou essa ideia e qual é sua intenção. Não sei se isso acontecerá. Talvez os times queiram fazer ainda mais dinheiro", sugeriu Sebastian Vettel. Já Fernando Alonso rechaçou ainda mais a ideia do teto salarial.

"Acho que não é necessário. Os pilotos sempre foram excluídos de discutir esse tópico. Estão nos usando para promover mais e mais a Fórmula 1. Nós fazemos cada vez mais eventos, estamos cada dia mais em contato com fãs e o paddock em geral. Nos pedem por mais e se beneficiam disso", disparou o bicampeão mundial.

Fernando Alonso mostrou todo seu descontentamento com ideia de teto salarial para pilotos (Foto: Gabriel Bouys/AFP)

Max Verstappen e Lewis Hamilton, por exemplo, têm os maiores salários do grid. O heptacampeão mundial, de 37 anos, não deve ser afetado por qualquer medida futura nesse sentido. Já pelo lado do holandês, seu empresário Raymond Vermeulen classificou um possível teto salarial de "completa idiotice" e afirmou, também, que a proposta ignora "o fato de que pilotos têm um efeito de aumento de valor nos times".

No que depender dos chefes de equipes, aparentemente, a ideia não é de total desprezo. Fréderic Vasseur, da Alfa Romeo, apontou que qualquer medida nesse sentido deverá ser implementada no longo prazo. "Será um processo inimaginável para 2022 ou 2023. Teria que acontecer no mínimo em 2026", disse. Andreas Seidl, representante da McLaren, contou que o teto salarial de pilotos seria "complexo", mas abriu espaço para a proposta. "Sabemos de outros esportes que é possível", resumiu.

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