Fórmula 1 define protocolos e confirma GP da Inglaterra com casa cheia em Silverstone
Ao menos na Europa, a Fórmula 1 já ganha cara de normalidade. Com o GP da Áustria prestes a receber capacidade total de público, o Mundial vai ter casa cheia também na sua corrida mais tradicional: o GP da Inglaterra, o primeiro da história da F1 com corrida de classificação
O circuito mais tradicional do calendário da Fórmula 1 vai voltar a receber público depois de um ano sem fãs nas arquibancadas em razão da pandemia. Na manhã desta quinta-feira (24), a Fórmula 1 anunciou que Silverstone vai ter casa cheia no fim de semana do GP da Inglaterra, que acontece entre 16 e 18 de julho. Será Silverstone justamente o palco da primeira corrida de classificação da história da F1, no sábado, 17 do sétimo mês.
Além de ser a corrida mais tradicional do campeonato, até por ser no palco onde a história da Fórmula 1 se iniciou de fato, em 1950, o GP da Inglaterra também é extremamente popular. Em 2019, último ano em que o evento contou com público nas arquibancadas, um total de 351 mil pessoas, nos três dias de atividades de pista, lotaram as dependências de Silverstone.
A iniciativa é aprovada pelo Governo Britânico como parte da última fase do programa de pesquisa de eventos ao promover um fim de semana de Fórmula 1 com casa cheia antes da liberação de vez das restrições em razão da pandemia.
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Em comunicado, a Fórmula 1 diz: "Temos o prazer de confirmar que o GP da Inglaterra foi incluído no Programa de Pesquisa de Eventos do Governo do Reino Unido, permitindo capacidade total para o evento entre 16 e 18 de julho".
Os protocolos são os mesmos estabelecidos pela UEFA para os jogos da Eurocopa 2020, com liberação do acesso aos torcedores mediante realização de teste RT-PCR até 48 horas antes do evento ou do comprovante de vacinação contra a Covid-19 com as duas doses aplicadas.
"Os portadores dos ingressos precisarão de prova de um teste negativo feito 48 horas antes da chegada ou comprovante de vacinação completa, com a segunda dose sendo aplicada ao menos 14 dias antes do primeiro dia de presença no GP da Inglaterra", informou a categoria.
Recentemente, o governo britânico também liberou o acesso de 60 mil pessoas ao estádio de Wembley, em Londres, para a semifinal e também a final do campeonato.
Em que pese a média móvel em alta de casos confirmados no Reino Unido, com registro de 11.168, segundo informações do site Our World in Data, a média móvel de óbitos por Covid-19 despencou e está atualmente em 14. Mérito, principalmente, da vacinação em massa e das medidas restritivas no país. 64% da população do Reino Unido já recebeu a primeira dose, enquanto 46,8% já tiveram aplicadas a segunda dose, necessária para que se alcance a imunização completa.
Stuart Pringle, diretor administrativo de Silverstone, comemorou. "Isso é algo pelo qual todos estamos trabalhando há meses e mal posso esperar para receber uma multidão e casa cheia de volta a Silverstone em julho. Muitos dos nossos fãs cancelaram seus ingressos em 2020, mas agora eles estão bem posicionados para aproveitar o que, com certeza, será um dos grandes momentos do verão".
O administrador do circuito britânico agradeceu também às autoridades e disse que o GP da Inglaterra "mostra ao mundo como a Grã-Bretanha voltou aos trilhos após a luta contra a pandemia".
Da mesma forma, Stefano Domenicali, chefão da Fórmula 1, comemorou a oportunidade de contar com a corrida mais tradicional do ano com as arquibancadas lotadas. "É uma notícia fantástica que Silverstone será um evento de casa cheia e será um fim de semana incrível com centenas de milhares de fãs presentes para ver nossa primeira corrida de classificação, no sábado, e o evento principal, no domingo".
"Quero expressar minha enorme gratidão ao Primeiro Ministro, Boris Johnson, ao secretário de Estado, Oliver Dowden, e ao chanceler do Ducado de Lancaster, Michael Gove, e ao diretor administrativo de Silverstone, Stuart Pringle, por seu trabalho incansável para alcançar este grande resultado. Todos os pilotos e equipes estão ansiosos por Silverstone e mal podemos chegar lá em julho".