Fórmula 1 e FIA divulgam comunicado e oficializam sequência do GP da Arábia Saudita
Decisão fora tomada durante a noite de ontem no Brasil, meio da madrugada na Arábia Saudita. Fórmula 1 e FIA convenceram pilotos a seguir
FÓRMULA 1 AO VIVO 2022: OS TREINOS LIVRES DO GP DA ARÁBIA SAUDITA DE F1 | Briefing
A decisão foi tomada no meio da madrugada deste sábado (26), no horário local, mas foi confirmada por comunicado somente na manhã. Fórmula 1 e FIA divulgaram declaração conjunta confirmando o prosseguimento do fim de semana do GP da Arábia Saudita após o ataque a Jedá na sexta-feira.
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A situação começou no primeiro treino livre da Fórmula 1, ainda ontem, quando um ataque a míssil atingiu e causou explosões numa refinaria da Aramco, a petrolífera nacional do país e patrocinadora da F1, localizada a cerca de 10 km de distância da pista. Em seguida, o grupo rebelde Houthis, do Iêmen, com quem a Arábia Saudita mantém um conflito há quase uma década, assumiu a autoria.
A partir daí, uma sequência de reuniões marcou o restante do dia e fez com que as entrevistas pós-atividades fossem canceladas a pedido da FIA.
O segundo treino livre foi realizado horas mais tarde e terminou às 21h20 no horário local. Depois, mais uma série de reuniões foram levadas a cabo. FIA, e F1 se reuniram com equipes e pilotos; mais tarde, os pilotos se reuniram sozinhos e foram recebendo visitas dos chefes para conversas. Os protagonistas das corridas saíram do autódromo somente depois das 3h, no horário local.
"Fórmula 1 e FIA podem confirmar que, após as discussões com todas as equipes e pilotos, o GP da Arábia Saudita de 2022 vai continuar conforme o planejado", afirmou o comunicado.
"Após o incidente que aconteceu em Jedá na sexta-feira, tivemos discussões extensas entre acionistas, autoridades do governo saudita e agências de segurança que deram garantias totais e detalhadas de que o evento é seguro", disse o comunicado", seguiu.
"Todos os acionistas concordaram em manter um diálogo claro e aberto ao longo do evento e para o futuro", finalizou.
Apesar de garantir novamente a segurança, Fórmula 1 e FIA voltaram a não dizer quais era estas garantias. Durante a noite, em represália ao ataque em Jedá, as forças sauditas bombardearam uma área residencial da capital iemenita Sana'a.
Explosão na Aramco deixou nuvem de fumaça no céu de Jedá (Foto: Andrej Isakovic/AFP)
Guerra no Iêmen
A crise humanitária do Iêmen é a mais pesada do mundo, de acordo com a ONU. A organização prevê que 19 milhões de habitantes do país vão ficar sem alimentos nos próximos meses — em áreas como Taiz e Marib, cinco milhões de pessoas não têm o que comer, quatro milhões não possuem mais moradia e mais de dois terços da população necessita de ajuda humanitária apenas para sobreviver.
A ONU ainda estima que até o final do ano passado, mais de 377 mil pessoas morreram devido ao conflito. Ao menos 60% dessas vítimas, no entanto, estariam mortas devido a fatores indiretos da guerra como fome, falta de tratamento de água e condições sanitárias — que desencadeou o maior surto de cólera já registrado, com mais de 2,5 milhões de casos e 4 mil mortes registradas desde 2016.
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