GP de São Paulo cria canal de atendimento para vítimas de assédio durante evento
Em coletiva de imprensa, foram apresentadas algumas medidas para combater o assédio no GP de São Paulo de 2022. A organização anunciou que será criado um canal de atendimento será criado especialmente para dar acolhimento às vítimas que forem discriminadas ou assediadas durante o evento
O GP de São Paulo de 2021 foi um sucesso em muitos aspectos. Além de ter batido recorde de público — mais de 182 mil pessoas em Interlagos —, a grande emoção da temporada passada também preencheu bem os três dias de evento. Mas nem todo mundo conseguiu aproveitar 100% o fim de semana. Muitas torcedoras, inclusive.
O assédios às mulheres acontece há anos em Interlagos. E não foi diferente no ano passado. No setor G, um dos principais pontos, mulheres ofendidas e assediadas denunciaram os abusos presencialmente e também pelas redes sociais. A Torcida Pisa Fundo Brasil, por exemplo, foi uma das que recebeu denúncias de casos de assédio provocados por seus membros, especialmente no setor G.
Há duas semanas, aconteceu uma coletiva de imprensa para falar sobre os preparativos e algumas novidades do GP de São Paulo 2022 — espera-se um novo recorde, com mais de 230 mil fãs. Alan Adler, diretor-executivo do evento, e Ricardo Nunes, prefeito da cidade, estiveram presentes. O GRANDE PRÊMIO, então, questionou Adler sobre quais medidas a organização tomaria se casos assim voltarem a acontecer.
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"Temos de nos comunicar e se posicionar contra qualquer tipo de assédio. Nossa meta é ter todo o preparo possível para dar suporte a qualquer pessoa que seja assediada ou importunada, de qualquer forma", disse ele.
Durante a coletiva de imprensa, foram apresentadas algumas metas para a corrida deste ano. Entre as propostas de sustentabilidade, educação e governança, estavam lá também as de diversidade e inclusão.
Em relação ao apoio de vítimas de assédio, duas medidas importantes: a criação de uma linha de atendimento especialmente para o acolhimento de denúncias de discriminação ou importunação. De forma inédita, será criado um site para atender o público do GP São Paulo via sistema do grupo Aliant —uma plataforma de soluções digitais. O endereço da página será publicado no site oficial do evento.
Além disso, haverá também treinamento da equipe para saber tratar os temas. Outras atividades, segundo Adler, também ajudarão, como veiculação de mensagens para respeito às pessoas e treinamento para colaboradores internos e externos.
É importante ressaltar, no entanto, que as próprias torcedoras já tomaram também suas próprias iniciativas. Recentemente, o GRANDE PREMIUM contou a história de Beatriz Rosenburg, que foi uma vítima e, por isso, fez parte de um movimento para a a criação da página "Assédio F1" no Twitter. A pessoa responsável pelo canal de comunicação, que pediu para não ter sua identidade revelada, conversou com o GP* e disse que quis fazer do espaço mais um meio para chamar a atenção das autoridades e promotores do GP de São Paulo para um problema que ainda persiste.
Você pode conferir a reportagem completa aqui.
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