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GP Europa 1993: as histórias ocultas pela corrida de Senna

A vitória de Senna em Donington acabou por esconder outras corridas tão boas quanto a do brasileiro. Trazemos três delas aqui...

11 abr 2023 - 10h54
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Barrichello em Donington: mesmo abandonando, o brasileiro começou a mostrar que poderia fazer mais na F1
Barrichello em Donington: mesmo abandonando, o brasileiro começou a mostrar que poderia fazer mais na F1
Foto: Twitter / Divulgação

O GP da Europa de 1993 foi pródigo em boas histórias. A corrida de Ayrton Senna acabou por eclipsar alguns bons desempenhos. Corrida de carro tem destas coisas e muitas vezes desempenhos sensacionais não são percebidos pelo público...

O primeiro deles é o de Rubens Barrichello. Em sua terceira corrida na F1, o brasileiro ia para uma pista que conhecia muito bem dos seus tempos de F3 Inglesa. A Jordan naquela temporada ia para um esquema muito simples, ainda mais depois de um 92 em que quase faliu.

Naquela corrida, a Jordan trazia duas novidades. A primeira era troca de pilotos: Thierry Boutsen no lugar de Ivan Capelli, que fez as duas primeiras provas sem qualquer brilho. A segunda, era a introdução do controle de tração no 193. Embora fosse uma equipe de pequeno porte (querendo ser média), a Jordan conseguiu desenvolver este aparato. E Barrichello insistiu para que fosse usado em seu carro...

Como dito, o Jordan 193 era um carro muito simples e tinha um Hart V10. Não era um dos principais, mas tinha suas qualidades e permitiu Barrichello se classificar na 12ª posição, sua melhor posição de largada até então.

Barrichello já ganhou uma posição antes da corrida começar, pois J.J. Letho (Sauber), que sairia na 7ª posição, foi largar dos boxes. No arranque, já se livrou logo de Riccardo Patrese (Benetton) e Johnny Herbert (Lotus). Na sequência, conseguiu passar Berger. Até aí, já era 8º.

Com o enrosco de Wendlinger e Andretti, Barrichello sobe para a 6ª posição. A Jordan com o novo controle de tração estava tinindo e o brasileiro conseguiu se aproximar de Alesi e Schumacher e os ultrapassou no trecho entre a Coppice e os S. Com isso, completou a volta em 4º lugar.

A partir daí, o jovem brasileiro fez uma corrida de gente grande, conseguindo se segurar tranquilamente. Conseguiu andar entre as 2ª e 3ª posição graças ao pandemônio das Williams em relação às condições climáticas. Um pódio era algo muito possível, mas...

O problema é que a Jordan fez os cálculos de combustível não considerando o uso do controle de tração, que implicava um consumo ligeiramente maior, mesmo com pista molhada. Resultado: faltando 5 voltas para o final, a Jordan de Barrichello começou a falhar e parou por falta de combustível. Foi um resultado doído, mas serviu para confirmar o grande talento de Barrichello para a F1.

Johnny Herbert com sua Lotus em Donington. Um dos ultimos momentos de glória da equipe inglesa na F1
Johnny Herbert com sua Lotus em Donington. Um dos ultimos momentos de glória da equipe inglesa na F1
Foto: Twitter / Divulgação

Outro personagem que merece atenção neste GP da Europa é Johnny Herbert. O inglês havia estreado na F1 em 89 após um grave acidente no ano anterior e após algumas idas e vindas, achou seu lugar na Lotus e mostrou um ótimo potencial em 92, com o ótimo 107.

Para aquela temporada, a Lotus veio com o modelo 107B, que era uma versão melhorada do ano anterior. O objetivo era consolidar a retomada iniciada em 1991 e – quem sabe? – voltar ao grupo da frente. No Brasil, Herbert já tinha tido uma briga feroz com Schumacher no final da prova pela 3ª posição.

Donington era usada pela Lotus para alguns testes e Herbert andou bem na pista. Nos treinos, obteve um bom 11º lugar. Na largada, foi superado por Barrichello, mas subiu para a 8ª posição no final da 1ª volta.

O conhecimento da pista, aliado ao bom desempenho do 107B, que contava com uma suspensão inteligente e uma ótima tração (ajudado pelo bom desempenho do Cosworth Série VI), levaram Herbert a fazer uma única parada ao longo da prova. Isso fez com que entrasse entre os 6 primeiros na volta 23 e não sair mais daí. No final, conseguiu uma ótima 4ª colocação. Isso fez Herbert ficar em 4º lugar no campeonato de pilotos e a Lotus em 3º entre os Construtores...

Fabrizio Barbazza com a Minardi, em 1993. Uma ótima corrida do "pagante"
Fabrizio Barbazza com a Minardi, em 1993. Uma ótima corrida do "pagante"
Foto: Minardi.it / Divulgação

Outro que fez uma tremenda corrida foi Fabrizio Barbazza, com a Minardi. Tido como simplesmente um “pagante”, o italiano largou em 20º lugar e logo na 1ª volta subiu para a 12ª posição. Mais uma vez a suavidade da potência do Ford Cosworth marcou ponto aqui, juntamente com o bom funcionamento da suspensão do M193. Barbazza também parou pouco e conseguiu a 6ª colocação, marcando seu primeiro ponto na F1 e chegando à frente de seu companheiro de equipe, Christian Fittipaldi.

Estas foram as 3 principais histórias do GP da Europa e que acabaram de certa forma eclipsadas pela tremenda corrida de Senna. Porém, merecem ser lembradas com todo o respeito.

Parabólica
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