Haas afasta envolvimento, mas crê que FIA "vai corrigir" decisões do GP de Abu Dhabi de 2021
Guenther Steiner, chefe da Haas, enfatizou que está preocupado com os assuntos da equipe, mas reiterou confiança na FIA para "corrigir" os problemas da decisão da F1 2021
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A final da Fórmula 1 2021 ainda não teve um desfecho. Isso porque, após as polêmicas e conturbadas decisões de Michael Masi, então diretor de provas, e comissários, a FIA (Federação Internacional do Automobilismo) faz uma investigação e análise de entendimento a respeito de tudo que aconteceu em Abu Dhabi. As equipes, inclusive, terão uma discussão com a entidade no dia 14 de fevereiro, na reunião da Comissão da Fórmula 1. Mas nem todos parecem ter muito a dizer. Um deles é Guenther Steiner, chefe de equipe da Haas.
"Eu não gostaria de abordar a FIA para dizer a eles o que eles deveriam fazer, porque eu sei que eles estão fazendo coisas, mas não conheço os detalhes, como contratos e coisas assim", explicou Steiner, em coletiva de imprensa.
"Tenho total confiança na FIA de que eles vão corrigir isso, porque todo mundo fala sobre isso. Mas essas questões dizem respeito mais à FIA do que a mim", completou.
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Polêmico GP de Abu Dhabi ainda rende assunto nas análises de Fórmula 1 (Foto: AFP)
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No último mês, o Conselho Mundial da FIA removeu o nome de Michael Masi, diretor de provas, dos documentos oficiais no site e anunciou um cronograma para avaliar passo a passo as decisões tomadas em 2021. Peter Bayer já é tratado como novo diretor-esportivo de monopostos, inclusive.
Em relação a posição ameaçada de Masi, o chefe da equipe norte-americana volta a dizer que não quer se envolver. Ele admite que conversou com Mohammed Ben Sulayem, atual presidente da FIA, mas reitera que não está envolvido nas futuras decisões da entidade.
"Eu diria que não dei muitas recomendações ao presidente Mohammed. Nós conversamos sobre [isso] e acho que há conversas privadas, não quero entrar no assunto. Mas eu sei que eles estão trabalhando bastante nisso, para melhorar principalmente a posição de quem for o diretor de corridas. É um trabalho muito difícil, e não estou aqui para proteger Michael, nem nada. É muito difícil. Acho que o esporte cresceu muito e algumas coisas ficaram para trás", explicou ele.
"Mas tenho certeza que eles vão ter algumas ideias. Quando eles as apresentarem, então vemos o que eles estão fazendo, mas eu não lhes dei nenhuma recomendação sobre o que fazer especificamente. Conversamos um pouco sobre os problemas, todos os conhecemos. Então, acho que a FIA está trabalhando bastante para avançarmos [em direção] a um futuro melhor", concluiu.
Vale lembrar que, com o objetivo de afastar qualquer possibilidade de uma repetição das decisões controversas do GP de Abu Dhabi, a F1 planeja uma administração diferente para as corridas a partir de 2022.
Agora, há também planos para introduzir protocolos para que o diretor de prova tenha maior liberdade e um ambiente mais calmo para tomar as decisões necessárias durante os eventos da F1. Isso porque, ao mesmo tempo em que há um pesado questionamento quanto as ações de Masi, existe uma compreensão de que o diretor estava exposto, isolado e sob muita pressão, especialmente na parte final da temporada, devido à intensa briga pelo título entre Hamilton e Verstappen, que chegaram empatados à etapa final.
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