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Hamilton estampa arco-íris no capacete na estreia da Fórmula 1 no Catar

O piloto da Mercedes substituiu o layout tradicional por uma pintura com as cores do arco-íris. No Catar, a homossexualidade é considerada um crime

19 nov 2021 - 08h52
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Lewis Hamilton tem capacete pintado com as cores do arco-íris no fim de semana no Catar
Lewis Hamilton tem capacete pintado com as cores do arco-íris no fim de semana no Catar
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

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Lewis Hamilton não ficou só na promessa e partiu para a ação em uma clara manifestação contra a legislação do Catar. Na estreia da Fórmula 1 em um país que considera a homossexualidade um crime, o britânico mudou o layout e estampou as cores do arco-íris no capacete que vai usar em Losail. Além do desenho, a peça carrega também uma mensagem de apoio à comunidade LGBTQIA+.

De acordo com dados levantados pela rede britânica BBC, existem 69 países no mundo onde a homossexualidade é considerada um crime. Além do Catar, a F1 visita outros três desses países: Malásia, Cingapura e Arábia Saudita, prevista para estrear neste ano.

O Catar é um país que criminaliza a homossexualidade. Hamilton protesta em seu capacete (Foto: Mercedes)

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A introdução do Catar no calendário foi alvo de muitos protestos por parte dos fãs, que reprovaram a escolha do país como substituto para o GP da Austrália.

Na visão de Hamilton, a Fórmula 1 tem a "obrigação" de falar sobre determinados assuntos quando visita países com histórico de violações dos direitos humanos.

"No fim, nós pilotos, não é nossa escolha os lugares para onde vamos e corremos", disse Lewis. "Sinto que somos cientes de que existem problemas nos lugares para onde vamos, assim como em todo o mundo, mas, claro, parece que este é considerado um dos piores nesta parte do mundo", seguiu.

"Acho que, como os esportes vão para estes lugares, eles têm o dever de aumentar a conscientização sobre essas questões e a necessidade desses lugares serem avaliados", opinou. "É preciso que a mídia fale sobre essas coisas. Direitos iguais é uma questão séria. No entanto, estou ciente de que estão tentando dar um passo neste local e que não podem fazer as coisas da noite para o dia", completou.

Na parte de trás do capacete, ao invés da habitual frase 'Still I Rise' [Ainda assim me levanto, em tradução livre], Hamilton a substituiu por 'We Stand Together' [Nós estamos juntos].

Além disso, o casco incorpora também listras nas cores preta, marrom, azul, rosa, branco e amarelo, um design criado por Daniel Quasar, em 2018, e conhecido como bandeira do Orgulho do Progresso, uma variação para representar as pessoas trans e a diversidade racial na comunidade LGBTQIA+.

Além das questões relativas à comunidade LGBTQIA+, o Catar tem um histórico negativo em relação a leis trabalhistas. As obras para a realização da Copa do Mundo de 2022 são cercadas de denúncias de violações praticadas pela monarquia absolutista. De acordo com dados da Anistia Internacional, mais de um terço dos cerca de 20 mil operários estrangeiros da construção civil no país morreram.

Segundo a Anistia Internacional, alguns trabalhadores sequer são pagos e os empregadores têm controle sobre a vida dessas pessoas, submetendo-as a longas jornadas ou impedindo-as de trocar de emprego.

A Fórmula 1 acelera neste fim de semana com o debutante GP do Catar, que será disputado no circuito de Losail. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades de pista AO VIVO e em TEMPO REAL.

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