Hamilton lidera 1-2 da Mercedes no TL1 em Abu Dhabi. Fittipaldi é 17º e Drugovich, 20º

A Fórmula 1 abriu o último fim de semana da temporada 2022. No calor da tarde de Abu Dhabi nesta sexta-feira (18), as equipes tomaram a pista de rua montada na Marina de Yas com muitos pilotos reservas recebendo chance de guiar os carros. Com isso e a temperatura, fica difícil entender o primeiro treino livre deixa de recado para sábado e domingo, mas Lewis Hamilton resolveu que era melhor sair na frente mesmo assim e foi o mais rápido.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

Notícias relacionadas

F1: Aston Martin afasta Diretor Técnico e começa mudanças

Audi: Dificuldades na F1 antes mesmo de entrar na pista

F1: Qual é a Sauber que receberá Gabriel Bortoleto em 2025

Hamilton tomou a frente com cerca de dez minutos para o fim, reforçando o poderio com o qual a Mercedes chega ao fim da temporada. Ainda mais que isso, a Mercedes também ficou com a segunda colocação, nas mãos de George Russell, que também foi quem mais acumulou quilometragem ao anotar 29 voltas.

Charles Leclerc e Sergio Pérez, que brigam em Abu Dhabi pelo vice-campeonato mundial, aparecem nas posições três e quatro. O reserva da Red Bull, Liam Lawson, ficou no quinto posto. Sebastian Vettel, em meio ao fim de semana derradeiro da carreira, foi o sexto, seguido por Robert Shwartzman, reserva da Ferrari, Daniel Ricciardo, Valtteri Bottas e Alex Albon finalizaram o top-10.

Os brasileiros que estiveram na pista ao longo do treino, Pietro Fittipaldi e Felipe Drugovich, terminaram, respectivamente, em 17º e 20º. É bom dizer que Pietro conseguiu acompanhar Kevin Magnussen de perto, no mesmo décimo. Drugovich ficou distante de Vettel, mas a situação dele era a de quem apenas estreava no carro.

O primeiro treino em Abu Dhabi foi de longe o que mais contou com pilotos estranhos ao grid titular. Ao todo, oito reservas ou piloto de testes foram colocados na pista pelas equipes: Lawson, Shwartzman, Jack Doohan, Pato O'Ward, Robert Kubica, Logan Sargeant, além de Drugovich e Fittipaldi participaram nas vagas de, na mesma ordem, Max Verstappen, Carlos Sainz, Fernando Alonso, Lando Norris, Guanyu Zhou, Nicholas Latifi, Lance Stroll e Mick Schumacher. Apenas Mercedes e AlphaTauri mantiveram as duplas titulares nos carros.

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO E EM TEMPO REAL todas as atividades do fim de semana do GP de Abu Dhabi de Fórmula 1. O TL2 está marcado para as 10h [de Brasília, GMT-3].

Confira como foi o TL1:

As atividades de pista do fim de semana do GP de Abu Dhabi começaram com um asfalto fervente. Era começo da tarde no Oriente Médio, o que mais dava para esperar? Com 34°C de temperatura ambiente e 47°C no asfalto, pilotos e equipes tomaram o traçado da Marina de Yas para o primeiro treino livre.

E era um treino com uma enormidade de mudanças nas equipes. Não nos carros, que, na totalidade, pararam de ser atualizados para este ano, mas nas escalações de pilotos. Oito equipes, portanto a grande maioria, tinham um piloto reserva ou afiliado participando da sessão. A Red Bull colocava Liam Lawson na vaga de Max Verstappen; na Ferrari, Robert Shwartzman em Carlos Sainz; na McLaren, Pato O'Ward em Lando Norris; na Alpine, Jack Doohan em Fernando Alonso; na Alfa Romeo, Robert Kubica em Guanyu Zhou; na Aston Martin, Felipe Drugovich em Lance Stroll; na Haas, Pietro Fittipaldi em Mick Schumacher; na Williams, Logan Sargeant em Nicholas Latifi.

Desta maneira, era a primeira atividade desde a temporada 2016 que contava com dois pilotos brasileiros ao mesmo tempo: Drugovich, que fazia a estreia, e Fittipaldi, retornando para mais uma chance.

O primeiro a sair para a pista quando a bandeira verde pintou foi justamente Drugovich. O campeão da Fórmula 2 não tinha tempo a perder. Assim como ele, bastante gente saía de cara, numa fila alocada no pit-lane. Mas o primeiro forasteiro da F1 teve problemas logo com dois minutos de TL1: O'Ward. O mexicano da Indy relatou que havia algo de errado com o carro, que desfilava muito lento pela pista, e a equipe mandou entrar nos boxes. Aparentemente, o problema estava no câmbio: o piloto não parecia conseguir trocar marcha.

O primeiro a registrar volta cronometrada foi George Russell, que também não quis ficar muito pelos boxes. O vencedor do GP de São Paulo anotou 1min30s832 para começar a mexer a tabela de tempos. Claro que era uma liderança simbólica, porque cada volta dali em diante seria melhor. Esteban Ocon e Charles Leclerc foram dois dos que vieram a reboque, bem como Sergio Pérez.

A pista encheu rapidamente e com todos os tipos de pneus. Pérez e Leclerc foram para as primeiras colocações utilizando a borracha macia, ao passo que Alex Albon e Kevin Magnussen optavam pelos médios e Lawson, Pierre Gasly e Lewis Hamilton andavam de pneus duros.

Inclusive Lawson, que estava no carro campeão mundial, avisou à Red Bull que o bólido se mexia de maneira a sair de frente durante o setor final do traçado. Foi algo que Verstappen também relatara ao logo do fim de semana do Brasil.

Como os dois estavam de pneus macios, Leclerc e Pérez tiraram a dianteira de si por dois momentos. Aliás, a dupla empreende o grande duelo do fim de semana, pelo vice-campeonato mundial.

Mais gente colocava os pneus macios ainda na primeira metade do treino, sobretudo ao passar dos 20 minutos. Fittipaldi, por exemplo, foi bastante rápido e se colocou na quarta colocação. Relevante, visto que Doohan ficava perto das últimas posições de Alpine. Ainda que Doohan, é verdade, conheça bem menos o carro da F1.

Sargeant foi outro veloz e chegou a andar em terceiro, mas logo em seguida rodou com a Williams e foi deslizando pela área de escape da curva um.

Após metade da atividade, Pérez liderava e contava com Leclerc, Yuki Tsunoda, Sargeant, Fittipaldi, Lawson, Ocon, Albon, Hamilton e Shwartzman no top-10.

Logo ao passar da marca de meio treino, Albon também voou com a Williams: ao cravar 1min27s840, assumiu a dianteira. A diferença dele para Pérez e Ocon, os três primeiros após uma rodada mais de voltas, ficava em menos de 0s1.

Mas os tempos seguiam mudando, e Valtteri Bottas pulou para a dianteira por um instante, antes de Pérez recuperar. Depois, Leclerc, com 1min26s888. Naquele ponto, após 40 minutos, Alfa Romeo, Williams e Haas tinham os dois carros no top-10: incluindo um reserva de cada uma.

Drugovich quase seguiu Sargeant e precisou dar uma catada nos freios para não rodar na curva um, algo que também aconteceu com Magnussen um pouco depois, no mesmo ponto.

Aí, veio a Mercedes para dar sequência a força que mostrou no Brasil. De pneus macios, Hamilton anotou 1min26s633 e pulou para frente, com Russell aparecendo imediatamente depois para ficar com a segunda colocação. Flechas prateadas na frente.

O'Ward já estava na pista novamente há algum tempo, mas ganhou certo destaque colocando velocidade quando cruzava a levemente angulada curva nove. Apesar do tempo de volta não chamar a atenção, a sensação era que o mexicano se entendia sem problemas com o bólido. Felizmente para Daniel Ricciardo, conseguia ser mais veloz e pulava ao sétimo posto.

A Mercedes dera uma volta voadora com cada piloto apenas, mas praticamente não saía da pista. Russell dera 29 voltas nos minutos finais, o líder neste quesito.

Sebastian Vettel, na semana da despedida da F1, conseguia empurrar a Aston Martin ao sexto lugar nos instantes finais.

F1 2022, GP de Abu Dhabi, Yas Marina, TL1: