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Herta diz que é "doloroso" ver bom desempenho da Alfa Romeo na F1 em 2022

Colton Herta esteve muito próximo de pilotar pela Alfa Romeo em 2022 na Fórmula 1, mas negociações com a Andretti não tiveram final feliz, e agora torce para ter uma oportunidade na McLaren

7 abr 2022 - 15h49
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Colton Herta esteve próximo de pilotar na Fórmula 1 em 2022
Colton Herta esteve próximo de pilotar na Fórmula 1 em 2022
Foto: Indycar / Grande Prêmio

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Colton Herta esteve muito próximo de ser piloto da Fórmula 1. Michael Andretti tinha negociações avançadas com a Alfa Romeo, mas por conta de não poder assumir administrativamente a equipe de forma imediata, desistiu da negociação que levaria seu piloto da Indy para a principal categoria do automobilismo mundial.

Para a vaga que seria ocupada por Herta, a Alfa Romeo contratou Guanyu Zhou, o primeiro piloto chinês da história da F1, que conquistou um ponto logo em sua estreia no Bahrein. O crescimento da equipe italiana em 2022 só torna a oportunidade perdida mais dolorosa para Colton. Mas o jovem de 22 anos entende e concorda com os motivos pelo qual a Andretti desistiu da negociação.

"Dói um pouco agora, ver o quão bem eles estão neste ano, mas não era para ser. E, honestamente, foi bom que não aconteceu e bom que eles não tentaram forçar mais. Michael [Andretti] e Dan [Towriss, patrocinador da equipe] fizeram tudo o que deveriam naquela situação, mas você não pode forçar", lamentou Colton Herta em entrevista exclusiva à IndyStar.

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Guanyu Zhou conquistou o seu primeiro ponto em estreia na Fórmula 1 (Foto: Alfa Romeo)

"Não era um bom negócio, então parabéns para eles por desistirem. É quase como comprar uma casa e alguém dá um lance maior que o seu, e você não tem como pagar. O Michael se ferrou naquele negócio", revelou o piloto americano, que atualmente é o sétimo colocado na Indy.

Durante a entrevista, Herta confirma que havia contratado uma equipe de filmagem para o GP de Long Beach de 2021, que seria seu último na Indy. Além disso, o piloto afirma que a Ferrari também estaria envolvida no negócio, oferecendo um teste para ajudá-lo a se ambientar com a Fórmula 1.

"No final das contas, não sei se a Ferrari tinha um carro pronto, mas eles disseram que iam ver o que podiam fazer. Eu talvez tenha recebido contratos. Estava muito perto, mais do que as pessoas imaginam, mas aí tudo começou a ruir", lembrou Colton.

Depois do negócio fracassado com a Alfa Romeo, a Andretti manifestou formalmente seu desejo de entrar na Fórmula 1 em 2024. O tema ainda requer aprovação da Federação Internacional de Automobilismo, mas, caso tenha sucesso, a equipe americana terá Herta como piloto na categoria.

Colton Herta durante o GP do Texas (Foto: Indycar)

Além disso, ainda há mais um caminho para Colton chegar à F1. O piloto de 22 anos assinou recentemente como piloto de desenvolvimento da McLaren, e irá participar de pelo menos um teste com um carro da equipe neste ano. O time britânico tem Lando Norris com contrato renovado até 2025 e Daniel Ricciardo com vínculo até 2023, então uma oportunidade só irá aparecer também em 2024. Por conta disso, Herta não ficaria triste com uma queda de desempenho do australiano.

"Se ele [Ricciardo] continuar a crescer, eu provavelmente não vou ter essa oportunidade, mas tomara que o Lando continue se sobressaindo para que eu pelo menos tenha uma chance. Obviamente não desejo mal a ninguém, não estou rezando por sua queda. Se ele for bem, ótimo para ele, vai merecer o assento. Ninguém sabe como vai ser o futuro, mas parte de mim espera que eu tenha a oportunidade, pelo menos uma pequena chance de mostrar do que sou capaz", afirmou o piloto da Andretti.

Enquanto o sonho de pilotar na Fórmula 1 não se concretiza, Colton Herta segue focado na Indy. Depois de um quarto lugar em St. Pete e um 12º no Texas, o americano vai em busca de seu primeiro pódio em 2022 no GP de Long Beach, que acontece neste domingo, na Califórnia, no dia 10 de abril.

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