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Honda reconhece que deixou F1 "cedo demais" e volta a falar em retorno ao grid

Masashi Yamamoto, chefe de automobilismo da Honda, reconheceu que a despedida da fabricante da Fórmula 1 pode ter sido "cedo demais", mas enfatizou que é o caminho que a empresa quer seguir

16 jan 2022 - 04h02
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Liderada por Masashi Yamamoto, a Honda se despede por cima na F1
Liderada por Masashi Yamamoto, a Honda se despede por cima na F1
Foto: Chris Graythen/Getty Images/Red Bull Content Pool / Grande Prêmio

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Depois de voltar à Fórmula 1 e enfrentar anos desastrosos em parceria com a McLaren, foi graças a uma revolução gigantesca que a Honda conseguiu terminar 2021 — curiosamente, sua última temporada no Mundial —, na melhor forma possível: com Max Verstappen garantindo o Mundial de Pilotos após um campeonato forte, marcado pela extrema rivalidade contra a Mercedes e Lewis Hamilton. Por isso, Masashi Yamamoto, chefe de automobilismo da fabricante japonesa, que anunciou a saída ainda em 2020, falou recentemente que não descarta um retorno à categoria. E agora, admite: a Honda deixou a F1 muito cedo.

"Sim, eu concordo [que a Honda está deixando a Fórmula 1 cedo]", disse Yamamoto, quando questionado pelo site Motorsport.com a respeito da decisão da companhia. "Mas esta é uma decisão da empresa, e eu entendo o caminho que a empresa quer seguir, então, no final das contas, temos de aceitar isso. Mas esperamos que um dia a Honda retorne à F1", acrescentou.

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Arigatô: layout da Red Bull para o GP da Turquia foi uma grande homenagem à Honda (Foto: Mark Thompson/Red Bull Content Pool/Getty Images)

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Não é a primeira vez que Yamamoto fala em uma volta da Honda à Fórmula 1. Também em dezembro de 2021 — antes da conquista do título mundial de Verstappen —, o japonês já havia abordado um possível retorno da empresa à categoria no futuro em entrevista exclusiva concedida ao GRANDE PRÊMIO.

Ainda assim, o dirigente enfatizou a "grande satisfação e alívio" que foi ver um piloto com motor Honda vencer um campeonato — algo que não acontecia desde 1991, com Ayrton Senna. "Nós adotamos uma mentalidade diferente e olhamos para esta decisão de uma maneira diferente, tentamos dar de tudo no tempo que ainda nos restava", revelou.

"Focamos em vencer o campeonato em nosso último ano e agora acho que completamos nosso trabalho na F1. Atingimos nossa meta dentro do prazo que estabelecemos para nós mesmos", seguiu.

 A Honda vai manter a colaboração com a Red Bull no desenvolvimento dos novos motores como parte do processo de transição que vai culminar com a nova divisão da marca taurina, a Red Bull Powertrains, assumindo de vez a construção das unidades motrizes a partir de 2023. Yamamoto ressalta que estarão lá para dar apoio, mas explica que a relação será diferente.

"Vamos apoiá-los para obter bons desempenhos com AlphaTauri e Red Bull. Mas, sim, será uma relação diferente, com certeza", comentou. "É um desafio, mas também é verdade que eles querem ser uma equipe mais forte e ainda mais integrada, tendo tudo em casa. Como Honda, queremos apoiá-los o máximo possível com nossos recursos para que esse projeto seja um sucesso", finalizou.

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