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Indefinição sobre superlicença de Herta gera embate entre chefes da F1 e pilotos da Indy

A relutância dos chefes das equipes de Fórmula 1 em apoiar uma mudança que facilitaria a entrada de Colton Herta na categoria foi recebida com críticas pelos pilotos da Indy. Herta tem acordo para se juntar à AlphaTauri em 2023

5 set 2022 - 08h33
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Colton Herta testou McLaren de 2021 em Portimão neste ano
Colton Herta testou McLaren de 2021 em Portimão neste ano
Foto: McLaren / Grande Prêmio

POR QUE A FÓRMULA 1 ESTÁ OBCECADA COM COLTON HERTA?

Somente uma superlicença separa Colton Herta de uma vaga no grid da Fórmula 1 em 2023. E é justamente isso que tem gerado uma polêmica sem fim no universo do automobilismo. De um lado, os chefes de equipe da F1. Do outro, pilotos da Indy.

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Herta já está acertado com a AlphaTauri para a próxima temporada da F1. A ida definitiva do americano à categoria, agora, depende de uma decisão da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) de facilitar, ou não, a garantia da superlicença para o piloto. 40 pontos são necessários para isso — e Herta ainda não os tem. Por conta da pandemia, os pilotos podem usar as três melhores pontuações nas quatro temporadas anteriores para somar pontos. No caso do americano, o sétimo lugar na Indy em 2019 deu a ele sete pontos. Em 2020, foram mais 20 pelo terceiro lugar. Ano passado, o americano terminou a temporada em quinto lugar, garantindo mais oito pontos. 32, e ele atualmente ocupa o décimo lugar na Indy 2022, podendo terminar em oitavo ao final — resultado que não entraria nos três melhores obtidos nos últimos quatro anos e o deixaria sem pontos para a superlicença. Participar dos treinos livres da F1 ajudaria na pontuação, mas Herta poderia estar em apenas seis GPs até o fim do Mundial, a partir de Singapura, já que a temporada da Indy termina junto com o GP da Itália de F1. Ele, então, chegaria a 38, apenas.

Assim sendo, a FIA estuda uma brecha, apelando para o Código Esportivo Internacional, que diz que uma superlicença pode ser concedida a um piloto que tenha um mínimo de 30 pontos, mas seja considerado exclusivamente pela entidade incapaz de se classificar enquanto participa ao mesmo tempo de um ou mais campeonatos listados no Suplemento 1, por circunstâncias além do seu controle ou motivo de força maior. A indefinição da entidade com relação à questão provocou resposta na F1.

Colton Herta: partiu F1? (Foto: Indycar)

"Do meu ponto de vista, não tem nada a ver com 'força maior' — porque você tem campeonatos ao redor do mundo em que pode marcar pontos suficientes. Se a FIA quiser encerrar o processo de pontos e superlicença, é outra história. Podem fazer isso e cabe a eles decidirem — nós sobreviveremos sem esse sistema. Mas não tem nada a ver com 'força maior'", desabafou Frédéric Vasseur, chefe da Alfa Romeo.

"Nós temos regras e regulamentos que precisamos respeitar. Se nós não respeitarmos as nossas próprias regras e ficarmos procurando jeitos de burlá-las, não acho correto. Sou um daqueles que diz que, se existem regras e nós não a respeitamos, constantemente achando jeitos de burlá-las, então temos que mudá-las e isso é uma outra discussão. Se quiser isso, vamos conversar sobre, mas de novo, existe uma governança", concordou Guenther Steiner, da Haas.

Steiner e Vasseur: contra brecha de superlicença para Herta (Foto: Haas)

Conor Daly e Alexander Rossi, que competiu na F1 em 2015, reagiram à postura de Vasseur e Steiner — e defenderam a ida de Herta para a principal categoria de automobilismo do mundo.

"Oh, que surpresa. O chefe da equipe 'americana' da Fórmula 1 não apoia um piloto americano lá de novo", apontou Daly em suas redes sociais. "Estou tão cansado disso", completou Rossi.

Conor Daly defendeu ida de Herta à F1 (Foto: IndyCar)

No entanto, a indignação com as sugestões de que a FIA poderia dar a Herta uma superlicença por motivo de 'força maior' não foi unânime. Andreas Seidl, chefe da McLaren na F1 — equipe que deu função de piloto de desenvolvimento para o americano, que teve seu primeiro contato com um carro de Fórmula 1 graças ao time de Woking — foi na contramão de Vasseur e Steiner.

"Em termos de superlicença, penso que em geral confiamos no sistema, é um bom sistema. Mas, ao mesmo tempo, devemos ter alguma flexibilidade também — levando em consideração especialmente a situação nos últimos dois anos com a Covid e tudo, que teve um impacto também nos resultados possíveis a serem alcançados pelos pilotos. Nós estamos completamente abertos à flexibilidade nesta questão e apoiamos a superlicença para Colton, porque no fim, com o que ele mostrou até aqui em sua carreira, não tenho dúvida de que seja capaz de competir na Fórmula 1", disse.

Chefe da McLaren na F1, Andreas Seidl discordou de Vasseur e Steiner (Foto: McLaren)

Mesmo contra a brecha estudada para facilitar a chegada de Herta, o chefe da Alfa Romeo recebeu bem melhor a possibilidade de aumentar o número de pontos de superlicença concedidos aos pilotos da Indy no futuro.

"Nós já tivemos o caso no passado, de quando mudamos a atribuição de pontos na Fórmula 3, GP3, e até mesmo a Fórmula 2 alguns anos atrás. Na visão global do campeonato, tudo está sempre mudando e temos que ajustar o número de pontos para cada série de monopostos agora — e analisar se o top 5 da Fórmula 2 é melhor do que o top 5 da Indy. Mas como Guenther disse antes, acho que temos um sistema vigente e, se quisermos mudá-lo ou se alguém apresentar uma proposta para mudar a atribuição de pontos, então aí sim podemos discutir", finalizou Frédéric Vasseur.

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