Insatisfeito, pai de Bianchi pode acionar justiça contra FIA
Pouco mais de cinco meses depois do acidente de Jules Bianchi no GP de Sukuza, no Japão, o francês continua em coma devido à lesão axonal difusa que sofreu. Em relatório divulgado em dezembro, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) nega a culpa e afirma que o piloto da Marussia não reduziu a velocidade como deveria, seguindo a sinalização das bandeiras amarelas, e por isso acabou saindo do asfalto molhado e colidindo com o trator que retirava a Sauber de Adrian Suttil, acidentada momentos antes.
Insatisfeita com as conclusões da investigação feita pela entidade máxima do automobilismo, a família Bianchi contratou um advogado e ainda considera se moverá uma ação legal contra os organizadores do Mundial de Fórmula 1.
"Ainda não sabemos o que vamos fazer, mas certamente não foi uma situação normal de corrida. Se há alguém que é responsável por isso, vai ter que pagar, sem dúvida", afirmou o pai do piloto, Philippe, em entrevista ao jornal La Gazzetta dello Sport.
Ele também falou sobre o estado de saúde do filho, 25 anos, ressaltando a aflição de viver na espera por boas ou más notícias, mas acredita na força e na recuperação. "Jules ainda está em coma. Enquanto não acordar, a única coisa que podemos fazer é esperar. Leva paciência, muita paciência, mas é difícil saber que a qualquer momento uma ligação terrível pode vir do hospital".
"Temos que ser fortes, como Jules e pelo Jules. Enquanto ele estiver nesta condição, os médicos não podem dizer nada. Ele pode acordar ou não. Eu acho que vai, e ele não lutou conosco por tanto tempo para nada", desabafou Philippe.
Após a colisão, Jules foi encaminhado ao centro médico do circuito em Suzuka e em seguida para um hospital em Yokkaichi, a 10 km da pista. Ele foi submetido a uma cirurgia cerebral e segue em coma desde então, em estado crítico. O piloto estava na segunda temporada da F1.