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Interlagos 40 vezes F1 - O início (I)

Este ano, a F1 completa 40 provas oficiais em Interlagos. No primeiro texto da série, vamos falar das primeiras provas

1 nov 2023 - 12h35
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Interlagos, a nossa catedral
Interlagos, a nossa catedral
Foto: serjosoza / X

Neste fim de semana, uma marca importante para Interlagos. Uma das pistas mais místicas do automobilismo mundial completa 40 provas oficiais recebendo a F1. A prova de 1972 serviu para homologar a pista para a categoria, mas não contou para o campeonato. Para comemorar esta marca, faremos uma pequena sequência recordando estas provas. E nada melhor do que começar pelo início: a década de 70

1973

Largada do GP do Brasil de 1973
Largada do GP do Brasil de 1973
Foto: Twitter / Reprodução

Interlagos era a sede da 2ª etapa do campeonato. Após o título de Emerson Fittipaldi em 1972, a F1 virou uma verdadeira febre e a vitória na Argentina 15 dias antes levou a torcida a invadir o autódromo paulistano. O calor de fevereiro deixou muita gente mal e os jatos de água que eram usados para limpar a pista acabaram servindo para refrescar o pessoal...

Contando com 4 brasileiros (Emerson Fittipaldi na Lotus, Wilsinho Fittipaldi na Brabham, José Carlos Pace e Luís Pereira Bueno na Surtees), a torcida ficou feliz em ver o seu campeão saindo da segunda colocação na largada e superar o pole Ronnie Peterson ainda na primeira volta; para completar o quadro, José Carlos Pace, que tinha largado em sexto, pulou para a segunda posição.

Enquanto Emerson ia abrindo, Pace ia sendo engolido por conta do estado de seus pneus e abandonou na 8ª volta por problemas de suspensão. O motor da Brabham de Wilsinho abriu o bico na 5ª volta. O principal algoz brasileiro, Jackie Stewart, largou em 8º e  logo escalou para 2º, terminando aí.

1974

No segundo ano em Interlagos, Emerson Fittipaldi fazia sua estreia pela McLaren. Mais uma vez o publico foi em peso para ver o campeão. Em seu segundo GP pelo time britânico, Emerson largou da pole, mas foi ultrapassado por Carlos Reutemann, na Brabham.

Só que o argentino forçou demais e perdeu logo a liderança para Ronnie Peterson, da Lotus. Na 15ª volta, Emerson deixou seu antigo companheiro de equipe para trás e caminhou para mais uma vitória, mas com uma situação que levanta dúvidas até hoje: Na volta 31, uma nuvem de chuva chegou em Interlagos e Mario Patti, Diretor de Prova, decidiu terminar a corrida.

1975

Mais uma vez, Interlagos apinhada de gente para ver o agora bicampeão Emerson Fittipaldi. Desta vez, havia mais um brasileiro com condições de fazer boa figura: José Carlos Pace, que havia mudado para a Brabham antes do final da temporada anterior. Para trazer mais atenção, Wilsinho Fittipaldi andava com o FD-01 da equipe Copersucar Fittipaldi, construído inteiramente no Brasil.

E pela primeira vez, tínhamos uma dobradinha brasileira na F1: José Carlos Pace obtinha sua única vitória na F1, com Emerson em segundo. Wilsinho levou o Copersucar/Fittipaldi até o final, chegando em 13º lugar.

A primeira dobradinha brasileira: Pace e Emerson no pódio do GP do Brasil 1975
A primeira dobradinha brasileira: Pace e Emerson no pódio do GP do Brasil 1975
Foto: Twitter / Reprodução

1976

Emerson Fittipaldi e o FD-04. Uma esperança de boa prova que não chegou ao final da 1ª volta
Emerson Fittipaldi e o FD-04. Uma esperança de boa prova que não chegou ao final da 1ª volta
Foto: Wikipedia Commons

A grande notícia do GP do Brasil, que naquele ano iniciava a temporada, era a chegada de Emerson Fittipaldi ao seu próprio time. Após não ter chegado a um acordo com a McLaren para a sua renovação, o brasileiro resolveu antecipar seus planos e assumiu o comando do novíssimo FD-04. José Carlos Pace seguia com a Brabham, agora empurrada pelos 12 cilindros da Alfa Romeo. Embora fossem potentes, eram pesados e bebiam muito... Ingo Hoffmann fazia sua estreia na F1 com o Copersucar/Fittipaldi do ano anterior.

A esperança da torcida brasileira ficou maior quando Emerson colocou o Fitti FD-04 na 5ª posição de largada. Porém, após uma boa largada, um problema na alimentação do motor pôs tudo a perder ainda na primeira volta. Ainda tentou parar nos boxes para mexer, mas não foi à frente, terminando em 13º lugar. Niki Lauda, campeão do ano anterior com a Ferrari, ganhava a prova. Pace chegou em 10º e Ingo em 11º.

1977

Desta vez, a Copersucar/Fittipaldi passava de prata para amarelo e Interlagos voltava a ser a segunda prova do campeonato. Emerson e Ingo seguiam no time, enquanto Pace mantinha-se na Brabham. Alex Dias Ribeiro fazia seu ano de estreia pela March.

Mas a prova ficou marcada pelo “cemitério” de carros na Curva 3: por conta de um recapeamento mal-feito, cerca de 9 carros ficaram nos muros da pista. Carlos Reutemann, então na Ferrari, vencia pela primeira vez no Brasil, com o campeão de 1976 James Hunt em segundo e Niki Lauda em 3º.

Os brasileiros? Emerson teve um pneu furado, mas conseguiu ainda um bom 4º lugar. Pace chegou a liderar as 6 voltas iniciais, mas um choque com Hunt o fez perder o aerofólio dianteiro e estragou sua corrida, abandonando na volta 33. Já Ingo Hoffmann tinha tudo para marcar seu primeiro ponto na F1, mas um pneu furado nas últimas voltas o fez perder o posto para Renzo Zorzi. Foi sua última prova na F1, bem como a penúltima de Pace, que faleceria semanas depois do GP da África do Sul em um acidente aéreo.

Eis um resumo do que foi este GP...

1979

Após uma série de discordâncias em relação a uma série de reformas na pista, o GP do Brasil de 1978 foi para o recém-inaugurado autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Um acordo foi feito e a prova voltou para Interlagos.

1979 foi o festival dos carros com efeito-solo. A Lotus foi dominante em 1978 e levou do seu próprio veneno. Boa parte do grid veio para esta temporada com carros de laterais esculpidas e minissaias. A Ligier veio matadora no início deste ano e dominou o GP da Argentina e Brasil com Jacques Laffitte e Patrick Depailler.

Lafitte e Depailler dominaram com a Ligier o início de 1979
Lafitte e Depailler dominaram com a Ligier o início de 1979
Foto: Ligier Automotive

Após um 1978 animador, a Copersucar/Fittipaldi vinha com um carro muito avançado, o F6. Mas os testes iniciais não foram muito animadores e o time optou por seguir com o F5A, que andou tão bem no ano anterior. Emerson largou em 11º e chegou a andar em 4º lugar na volta 21. Mas um pneu furado pôs tudo a perder e só chegou em 11º lugar.

Quem fez sua estreia na F1 em Interlagos foi Nelson Piquet. Após iniciar sua jornada em 1978, Piquet foi confirmado pela Brabham e foi companheiro de Niki Lauda. Porém, nesta prova, por conta de dores ocasionadas por uma batida, largou em 22º lugar e bateu na 5ª volta, abandonando a prova.

1980

René Arnoux venceu pela 1ª vez na F1 na edição de 1980
René Arnoux venceu pela 1ª vez na F1 na edição de 1980
Foto: F1 / X

Para 1980, Interlagos voltava a ser questionado por sua estrutura. A Fittipaldi perdia o apoio da Copersucar e recebia o apoio da cervejeira Skol, além de comprar a equipe Wolf. Piquet seguia na Brabham, agora com status de primeiro piloto após a saída de Niki Lauda, que havia perdido a paciência com a F1. Outra novidade era a chegada dos Ford Cosworth no lugar dos Alfa Romeo.

Os motores turbo começavam a ganhar espaço e as Renault dominaram a prova. Gilles Villeneuve ainda tentou fazer uma graça, liderando a 1ª volta. Mas Jean-Pierre Jabouille e René Arnoux colocaram ordem na casa e lideraram o resto da corrida, com Arnoux chegando na frente, obtendo sua 1ª vitória na F1.

Entre os brasileiros, Piquet abandonou na 15ª volta por um problema de suspensão e Emerson Fittipaldi chegou em 15º lugar, após não se achar de modo algum com o carro e com motores falhando.

Esta foi a primeira parte das vezes em que a F1 esteve em Interlagos....a próxima trata do retorno da categoria, após uma grande reforma, que dá forma ao circuito até hoje

Parabólica
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