Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Ir embora ou ficar no “Mundo Red Bull”? O dilema de Gasly

Pierre Gasly conheceu o inferno e o céu da F1. Agora, a dúvida: ficar no mundo Red Bull ou tentar a vida lá fora?

22 abr 2022 - 09h00
(atualizado em 17/6/2022 às 11h18)
Compartilhar
Exibir comentários
Pierre Gasly: ele sabe que tem que dar um salto. Mas dentro ou fora da Red Bull?
Pierre Gasly: ele sabe que tem que dar um salto. Mas dentro ou fora da Red Bull?
Foto: Red Bull Content Pool

26 anos pode ser pouco, mas Pierre Gasly pode dizer que passou por poucas e boas em sua carreira como piloto. O francês teve que penar no início de carreira e, se não fosse a Red Bull apadrinhá-lo em 2013, talvez não poderia ter chegado tão longe. O talento era inegável e poderia talvez ter seguido este caminho, mas seria um pouco mais difícil.

Quem o viu nas categorias de base tinha certeza de que poderia sonhar com voos mais altos e a F1 era uma questão de tempo. O campeonato da GP2 em 2016 foi extremamente convincente, batendo Antonio Giovinazzi. A Red Bull queria utilizá-lo na principal categoria em 2017, mas como seus postos já estavam preenchidos, os taurinos o jogaram para o Japão, fazer a Super Fórmula, como forma de mantê-lo em atividade.

A chance veio no fim da temporada, com o desempenho pífio de Daniil Kvyat. No GP da Malásia, Gasly fez sua estreia e não comprometeu. Acabou não participando do GP dos EUA, quando voltou ao Japão para disputar o título da Super Fórmula. Um tufão passou por Suzuka, impedindo a realização da prova, deixando o francês com o vice-campeonato por meio ponto.

2018 foi habilitado como titular na Toro Rosso e teria a tarefa dupla de se desenvolver e trabalhar com o motor Honda, que seria usado pela equipe principal na temporada principal. Os japoneses vinham mais por baixo do que sovaco de cobra após os anos de McLaren e o arranjo com a Red Bull foi desenhado para impedir que fossem embora, bem como atender os taurinos.

O ano foi interessante para um novato, tendo como ponto alto o 4º lugar obtido no GP do Bahrein. Na lógica da Red Bull de dar preferência à prata da casa, com a saída de Daniel Ricciardo para a Renault, a chance de Gasly veio. A confirmação como companheiro de Max Verstappen na equipe principal era um passo lógico na escalada.

Só que o sonho logo se tornou pesadelo. Logo na pré-temporada, Gasly mostrou que sentiria dificuldades em casar seu estilo com o RB15 e ainda ter a dificuldade de ter um companheiro como Max Verstappen. A bronca que Helmut Marko deu publicamente por ter batido com o carro e perder uma série de peças que seriam usadas talvez tenham batido fundo.

E os resultados não vieram. Gasly continuou sendo posto em uma frigideira. Os resultados não apareciam e o clima começou a pesar. Sua insistência em buscar um caminho próprio para acertar o carro não ajudava na equipe e o caldo entornou no meio do ano. Após um 4º lugar como melhor resultado, a máquina implacável de Helmut Marko entrou em ação e o francês foi convidado a se mudar para a Toro Rosso....

Gasly reconhece que foi algo complicado para ele. Talvez o 2º lugar no Brasil, conquistado em cima de Lewis Hamilton, tenha sido o ponto onde tenha conseguido recuperar a confiança e construir seu caminho de volta. E a Red Bull mostrava que ainda acreditava nele, ao confirmá-lo na AlphaTauri (novo nome da Toro Rosso) para 2020. Ao lado de Daniil Kyvat, Gasly acabou sendo o líder do time. E sua vitória na Itália foi uma redenção digna de roteiro de cinema, basicamente 1 ano após de seu rebaixamento.

Atualmente, Gasly se mostra extremamente à vontade na AlphaTauri. Mas cabe a pergunta: vale pensar em ficar no “mundo Red Bull”? Este ano, o francês já deu declarações que espera ser considerado novamente para um posto na equipe principal. E recentemente, Helmut Marko deu declarações que sabe que o contrato de Gasly está no final (2023) e que há a chance de perdê-lo se não lhe dar uma chance na Red Bull.

Mais uma vez uma resposta fica no ar: a AlphaTauri é tratada como uma equipe satélite e seu desempenho vai ficar restrito, mesmo com as restrições vigentes. Ir para a Red Bull significa ter que confrontar Max Verstappen, que hoje tem a equipe a seu redor e ir em uma situação de ser um segundo piloto.

Após ter chegado até aqui, Gasly quer uma nova chance de provar que aquele piloto das categorias de base pode ter chance de ser um vencedor de corridas e até ter chances de campeão. Mas sua chance pode estar fora do mundo Red Bull. Só que onde?  A Alpine pode ter uma vaga no fim de 2023 se Alonso renovar por mais um ano; Vettel encerra seu contrato este ano na Aston Martin e Ricciardo também sai no fim de 2023 na McLaren. Uma vaga que pode ser liberada é na Mercedes se Hamilton resolver sair...

Cabe ao francês ter cabeça fria para decidir. Velocidade, já mostrou que tem. Cabe terminar de mostrar que pode sim pensar em voos mais altos na F1.   

Parabólica
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade