Leclerc ganhou algo que ninguém viu no GP da Áustria
Mais do que a vitória, mais do que sua terceira vitória no ano após um jejum de sete corridas, Charles Leclerc teve outra vitória na Áustria
Charles Leclerc venceu o GP da Áustria de forma surpreendente: seu Ferrari esteve sempre muito mais rápido do que o Red Bull de Max Verstappen. Tanto que Charles ultrapassou Max três vezes para conquistar sua terceira vitória na atual temporada de Fórmula 1, interrompendo um jejum de sete corridas.
Poderia ter sido melhor? Sim. Leclerc descontou 5 pontos de Verstappen na corrida pelo título mundial de 2022. Poderia ter sido mais, 8 ou 9 pontos, se Carlos Sainz Jr., seu companheiro na Scuderia Ferrari, tivesse completado a prova em 2º lugar e fizesse a volta mais rápida. O carro de Sainz teve uma pane no motor e pegou fogo. Leclerc lamentou em seu perfil no Instagram.
“After the last 5 race weekends where everything went wrong, it feels so good to be back on top. Feel sorry for Carlos as it should have been a 1-2. Let’s keep pushing ❤️” Traduzindo: “Após os últimos 5 fins de semana de corrida, onde tudo deu errado, é tão bom estar de volta ao topo. Sinta pena de Carlos, pois deveria ter sido um 1-2. Sigamos firme ❤️”
Mas o que Charles Leclerc não disse – e aparentemente ninguém viu – foi o “algo mais” que ele ganhou no GP da Áustria: sua consolidação como único piloto da Ferrari em condições de disputar o título com Max Verstappen devido à desistência de Carlos Sainz. Segundo Mattia Binotto, chefe da Scuderia, somente no GP da Bélgica a Ferrari vai decidir como serão as estratégias de equipe na pista – a favor de um ou de outro.
Mas, na prática, Leclerc sabe que seu companheiro de equipe – e grande rival também – ficou muito distante de se impor como primeiro piloto da Ferrari este ano. Leclerc (170 pontos) tem 38 pontos a menos do que Verstappen (208). Sainz (apenas 133) está a 75 pontos de Verstappen e a 37 de Leclerc.
Charles Leclerc jamais vai falar isso em público. Mas, de alguma forma, a desistência de Carlos Sainz no GP da Áustria também foi uma vitória extra para ele. Porém, persiste a pulga atrás da orelha sobre a confiabilidade do motor Ferrari.