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Limitar desenvolvimento como 2021 é a saída da F1 em 2025

As discussões estão em curso, mas a F1 considera repetir em 2025 a mesma fórmula de limitação de desenvolvimento usada em 2021. Entenda

24 jan 2024 - 08h00
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Red Bull nos boxes de Interlagos. A limitação de desenvolvimento para 2025 está em pauta
Red Bull nos boxes de Interlagos. A limitação de desenvolvimento para 2025 está em pauta
Foto: Sergio Milani

2024 mal começou, os carros do ano nem foram apresentados, mas existe uma grande discussão em marcha nos bastidores da F1 que impacta diretamente 2025 e o novo regulamento técnico de 2026: a questão do desenvolvimento dos carros.

Na última reunião do Conselho Mundial Desportivo, em dezembro passado, foi chancelado que o desenvolvimento dos carros de 2026 só poderia ser iniciado efetivamente pelos times a partir de janeiro de 2025, salvo pequenas simulações na área dos freios (ao menos oficialmente). Essa decisão abriu a possibilidade para algumas situações que impactam diretamente o futuro da categoria.

Mesmo com o regulamento técnico de 2026 ainda não fechado, é uma virada digna do que vimos em 2022. O conceito deverá manter as linhas gerais atuais, porém a redução de peso e tamanho, além da nova concepção da Unidade de Potência, exigirá um trabalho muito grande das equipes técnicas dos times.

Aqui entra o limitador que vem batendo nos últimos tempos na F1: o famigerado teto orçamentário. Os times já colocaram nas reuniões do grupo técnico de que o desenvolvimento deste novo carro exigirá mais gastos. Só que a FIA e a Liberty Media não estão dispostos a aumentar os limites estipulados em regulamento, salvo as atualizações inflacionárias previstas.

Uma das alegações é que já foram abertas exceções no último ano para aumentar os investimentos nas fábricas dos times e não houve nada neste sentido quando o carro atual foi concebido e o teto orçamentário começava a ser implantado em 2021.

Justamente esta limitação que aconteceu em 2021 pode ser a inspiração para a solução para 2025...

Quem acompanha a F1 vai lembrar que a COVID levou a categoria a adiar a introdução do novo regulamento em um ano (de 2021 para 2022) e para restringir custos, foi acordado que o carro de 2020 seria usado em 2021, mas liberando algumas áreas para desenvolvimento.

Basicamente, a ideia mais discutida pelos Diretores Técnicos da F1 seria repetir esta mesma fórmula para 2025. Desta vez, a tarefa ficaria até mais fácil dada a natureza restritiva do regulamento atual e deixaria as áreas de desenvolvimento muito mais claras do que foi anteriormente.

Uma diferença em relação a 2021 seria a possibilidade de adotar a mesma logica da distribuição de tempo de desenvolvimento: equipes com pior desempenho em 2024 teriam a possibilidade de atualizar mais o carro para 2025.

O que importa é que esta solução atenderia a restrição do teto orçamentário, permitiria os times focarem no carro de 2026 e ainda poderia gerar de forma mais forte uma aproximação maior do grid. Isso aconteceu em 2021 e no quadro geral visto nas últimas temporadas, poderia ser mais marcada.

Qualquer decisão neste sentido deverá vir logo no início do campeonato, porque mesmo com as regras praticamente estáveis, o desenvolvimento do projeto de 2025 já começa tão logo os carros deste ano vão para a pista e comecem a gerar os primeiros dados. Mais uma vez, uma resposta para o futuro da F1 pode estar no passado.

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