Magnussen e Hulkenberg: a dupla que a Haas precisa neste momento
No retorno das férias da F1, a grande notícia é a renovação da dupla Kevin Magnussen e Nico Hulkemberg com a Haas
Para muitos, uma espécie de balde de água fria. Alguns até aventavam a equipe estadunidense como um possível pouso para algum brasileiro como Pietro Fittipaldi (piloto reserva) ou até mesmo Felipe Drugovich. Falta de ousadia por parte de Gene Haas? Afinal, insistir com dois pilotos veteranos?
Embora possa soar como uma abordagem conservadora, faz sentido para a Haas. 2023 foi mais um ano para a reestruturação do time, aproveitando o novo regulamento e a chegada de novos patrocinadores. A estampa da Money Gram nos carros permitiu que a Haas pudesse pensar com mais segurança no futuro.
Depois da experiência de 2021, quando a Haas teve dois novatos, o time se preocupou em retorno técnico e conseguir resultados melhores, a custos mais baixos. A escolha de Kevin Magnussen para substituir Nikita Mazepin em 2022 foi o indicativo neste caminho. Hulkemberg foi mais um tijolo nesta estrutura de montar uma estrutura sólida.
Nos últimos tempos, a equipe tem reforçado seus quadros, passando pela estrutura existente em Maranello, comandada por Simone Resta. Porém, o time ainda se ressente de não ter um esquema tão rápido para atualização do carro, além de sofrer dos mesmos problemas da Ferrari, especialmente na gestão de pneus (a Haas usa motor, câmbio e suspensões italianas).
A permanência da Hulkemberg era algo dado como certa. O alemão é um piloto experiente e que mostrou ter ritmo para entregar, fazendo boas qualificações, mas sofrendo em corridas justamente pelo persistente problema da Haas fazer seus pneus derreterem.
Quem estava em dúvida era justamente Magnussen, piloto que fez um 2022 sensacional diante das circunstâncias que apareceram, culminando com a pole position em Interlagos. Mas este ano, o dinamarquês vem sendo superado por seu companheiro.
Aliás, esta era uma das dúvidas: como esta dupla funcionaria? Afinal, virou clássico o “Suck my balls” de Magnussen para Hulkenberg. Mas a animosidade esperada não apareceu. Ao menos, para o distinto público...
Para um time assumidamente cliente e que tenta retomar um caminho para se colocar efetivamente no pelotão intermediário, a aposta na experiência é compreensível. Não podendo esquecer que sempre há a possibilidade de atender um pedido da Ferrari para acomodar um piloto de sua Academia (não podemos esquecer que a primeira experiência de Leclerc na F1 foi na Haas). Desta forma, a juventude pode ficar mais para frente.