Mario Andretti cita investimento "muito sério" e fala em entrar na F1 em 2024
Mario Andretti disse que não entende o porquê de tanta rejeição do mundo da Fórmula 1 com uma possível entrada da Andretti em 2024 e destacou que equipe faz um investimento para se manter na categoria a longo prazo
A Andretti segue empenhada em se tornar a 11ª equipe do grid da Fórmula 1. Depois de quase acertar com a Sauber no final de 2021, a equipe americana trabalha no projeto de entrar na categoria a partir de 2024. Mario Andretti, campeão da F1 em 1978, ressaltou que o time que atualmente é comandado por seu filho, Michael, está se preparando para entrar na principal categoria do automobilismo mundial como se sua entrada já tivesse sido aprovada.
"Estamos trabalhando todos os dias neste projeto, com a intenção de estar no grid em 2024. Estamos nos preparando como se tivéssemos sido aceitos. Então Michael está nisso, e é isso que esperamos fazer. Nós certamente não vamos desistir. É um projeto muito sério para nós e estamos prontos para fazer esse investimento", disse Mario em entrevista ao site PlanetF1.
Recentemente, a Andretti anunciou que irá construir uma nova sede em Indiana para 2026, com investimento total de aproximadamente R$ 1 bilhão. Apesar de ser um time estabelecido, com equipes na Indy, Fórmula E e Extreme E, dentre outras categorias, a Andretti segue sofrendo com a rejeição de nomes importantes da Fórmula 1, como Stefano Domenicali e Toto Wolff.
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"Honestamente, [a recepção] foi extremamente decepcionante até agora. Mas, ao mesmo tempo, nós estamos tentando entregar o que nos pedem, estamos tentando satisfazê-los - não sei o que mais podemos fazer. Você escuta opiniões diferentes às vezes, de equipes diferentes e assim por diante, e você se pergunta por que há algum desrespeito por aí que não é o que merecemos", lamentou o campeão da Fórmula 1 em 1978.
Mario ressaltou o peso do investimento que a equipe está fazendo no projeto de se juntar a Fórmula 1, destacando que pensa em um projeto de longo prazo. Além disso, o americano ressaltou que, com o calendário pesado, com 24 corridas no total, as equipes podem acabar sofrendo para se manter e, assim, ter um 11º time seria uma segurança a mais para a categoria.
"Nossas intenções são boas para o esporte. Não sei por que esse investimento não seria bom, especialmente quando você está olhando para uma temporada com 24 corridas no próximo ano, onde haverá um estresse incrível em todas as equipes. Para poder garantir um grid completo, se você tem uma equipe que acaba desistindo de uma corrida, pelo menos você tem alguma segurança com 11 equipes. São 22 pilotos em potencial", analisou Andretti.
"[A reação] é decepcionante nesse sentido, porque estamos tentando nos juntar à Fórmula 1 a longo prazo. Isso é algo que podemos garantir. Se você faz esse tipo de investimento, não vai entrar e sair. Então é um grande investimento em qualquer empresa e você imagina que seria bem recebido… Mas nós ainda estamos brigando, estamos tentando ver se podemos satisfazer tudo o que eles estão pedindo. Basta pedir o que for que vamos fazer. Então é tudo o que podemos fazer", afirmou Mario.
No momento, os trabalhos seguem a todo vapor dentro da Andretti. A equipe continua buscando mostrar para a Fórmula 1 que cumpre todos os requisitos necessários. Dentro da categoria, o time americano recebeu apoio apenas da McLaren, rival na Indy, e da Alpine, que teria interesse no fornecimento de motores. Mesmo assim, Mario revela que não tem limites estabelecidos para deixar o plano de lado.
"Nós não pensamos nisso, ainda não há um limite desenhado. Acreditamos no que estamos tentando fazer, e isso que é o importante. Estamos trabalhando, trabalhando, trabalhando em todos os ângulos possíveis. Há muitas possibilidades para continuar. Estamos caminhando a toda velocidade", concluiu o americano.
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