Mario Andretti diz que vaga na F1 "é formalidade" após parceria com Cadillac
Mario Andretti, campeão mundial de Fórmula 1 em 1978 e pai de Michael Andretti, mostrou estar bem confiante quanto à vaga da equipe da família na categoria
Desde que a Andretti anunciou, em fevereiro do ano passado, que trabalhava para ser a 11ª equipe do grid da Fórmula 1 num futuro próximo, nunca uma semana foi tão positiva quanto a atual. Após a FIA anunciar que estuda a possibilidade de abrir a tal 11ª vaga e a Andretti confirmar uma parceria com a Cadillac, Mario Andretti afirmou que a confirmação do acordo é mera formalidade.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
Quem comanda a Andretti é, como se sabe, Michael, o filho, mas Mario Andretti funciona como um consultor no projeto. Está envolvido na tentativa de colocar o grupo da família na F1. Após a confirmação de que a General Motors, por meio da Cadillac, entrou no projeto da nova equipe da categoria em parceria com a Andretti, o pessimismo de outros momentos virou otimismo puro.
"Eu sou parte das discussões. Estou trabalhando com Michael todos os dias e fico em constante contato com o presidente da FIA [Mohammed ben Sulayem]. Estamos trabalhando juntos em parte disso, já sabia os eventos que estavam se aproximando", afirmou, referindo-se a abertura que Ben Sulayem deu para uma nova equipe. Andretti falou à imprensa durante participação numa feira de eletrônicos em Las Vegas, na última sexta-feira. Quem publicou inicialmente foi a revista americana Autoweek.
"Estou muito feliz por tudo ter chegado a este ponto, sem dúvidas, porque acho que a parceria com a General Motors é fantástica. Certamente para nós, é. Espero que para eles também seja. O fato da GM querer entrar na F1 pela primeira vez é algo ótimo para o esporte", seguiu.
"É uma questão de formalidade agora. A General Motors está conosco para o futuro, isso está feito. Está estabelecido e é oficial", opinou.
Com relação ao grupo de trabalho que será montado caso venha a confirmação da vaga na F1, disse que já há uma base de estafe ao menos avisada de que estão no projeto quando receber a luz verde.
"Temos muita gente boa de sobreaviso. Gente boa, experiente, mas que não quer sair do emprego atual sem ter algo concreto para o futuro. Estamos trabalhando para estarmos preparados como se já tivéssemos a autorização. Estão, não estamos começando do zero", garantiu.
Apesar de dizer que faz partes das negociações pela tentativa da Andretti, Mario é claro: o mérito é de Michael e da equipe próxima, porque ele sequer faz parte do dia a dia. Michael Andretti, aliás, também se mostrou extremamente confiante.
"Estou muito feliz por Michael e a equipe. Estou com eles, mas do lado de fora, por assim dizer. Não quero um emprego, mas estou gostando do que está acontecendo e fui chamado para fazer parte disso", apontou.
O campeão da F1 em 1978 ainda jura que, apesar de várias equipes do grid serem publicamente contra a entrada de uma 11ª equipe, garante que conta com bastante apoio.
"É preciso ter alguém por trás, e muitas partes precisaram se mover para que isso acontecesse. Estamos trabalhando nisso há quase um ano e temos cumprido todas as provas que dão para a gente. Algumas pessoas estão nos ajudando; outras, não", continuou.
"No geral, as pessoas importantes estiveram com a gente desde o começo e acreditam no projeto. E estou muito orgulhoso de Michael. Muita gente teria desistido no meio do caminho, para falar a verdade. Trabalhamos muito e entregamos o que foi pedido", declarou.
Após o acordo, a Andretti se tornou a favorita, de fato, para a 11ª vaga. Porsche, Honda e Hyundai também são tidas como candidatas possíveis.
Paddockast #180: Las Vegas e Catar dentro, China fora: o que esperar do calendário da F1 2023?
Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.