McLaren admite "grande cheque" em rescisão com Ricciardo: "Aprendizado contratual"
Zak Brown, chefe da McLaren, disse que pretende proteger equipe com cláusulas de desempenho em contratos futuros após a frustração com Daniel Ricciardo
McLAREN SEM RICCIARDO (E SEM PALOU TAMBÉM?) + AUDI PERTO DA FÓRMULA 1 | TT GP #66
A McLaren anunciou na última quarta-feira (24) a rescisão de contrato com o australiano Daniel Ricciardo ao final da temporada de 2022 da Fórmula 1. A decisão veio após Ricciardo não conseguir acompanhar o desempenho de seu companheiro de equipe, Lando Norris, e sua saída já era vista como questão de tempo. O compatriota Oscar Piastri deve ser seu substituto no time de Woking.
Questionado pelo podcast The High Performance Podcast, o americano Zak Brown, chefe da McLaren, explicou que a situação serviu para aprender que grandes pilotos nem sempre vão ter ótimos desempenhos. O dirigente também revelou que gastou bastante dinheiro para quebrar o vínculo com Ricciardo, e que deve estabelecer cláusulas de performance em contratos futuros com pilotos.
"Meu único aprendizado foi contratual, não acho que poderíamos ter feito algo diferente para torná-lo mais competitivo. Tentamos tudo. Acho que nós tivemos que terminar o relacionamento mais cedo, tivemos que fazer um cheque grande. E estamos tranquilos com isso, porque esse foi o acordo que fechamos. Acho que o que eu faria diferente da próxima vez é talvez ter mais proteções de desempenho para nós. E não apenas assumir que grandes pilotos sempre serão ótimos", explicou Zak.
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Ricciardo acertou rescisão com a McLaren (Foto: McLaren)
A explicação para a queda de desempenho de Ricciardo na McLaren segue sendo uma incógnita. Depois de dois bons anos na Renault, o australiano chegou a vencer em Monza em 2021, mas este acabou sendo um ponto fora da curva em seu período na equipe. Brown contou que a estratégia da McLaren com o piloto passou a ser apenas torcer e ter esperança, e que isso não é o suficiente na Fórmula 1.
"Nós não temos certeza, ele não tem certeza. Tentamos trocar de carro e oferecemos trocar pessoas. Foram duas temporadas, dois carros diferentes. Pensamos que no primeiro ano que talvez não combinasse com o carro. No segundo ano, é um carro totalmente diferente. Mas chegamos ao ponto em que nossa única estratégia era a esperança, e a esperança não é uma boa estratégia. Então é um grande mistério", afirmou o dirigente da McLaren.
Mecânicos da McLaren se aglomeram na grade em vitória de Daniel Ricciardo em Monza (Foto: McLaren)
"Vimos em Monza que está lá. O cara não ganhou oito corridas por acidente, simplesmente não conseguimos desbloquear esse potencial juntos. E Lando está dirigindo muito bem e fazendo o carro funcionar. Então não acho que poderíamos ter feito algo diferente, ou que pudéssemos ter visto, ou que deveríamos saber", concluiu Brown.
A Fórmula retorna das férias neste fim de semana, com o GP da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps neste domingo (28). O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades a partir do primeiro treino livre, marcado para às 9h de sexta-feira (26) no horário de Brasília.
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