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McLaren: as dificeis decisões para voltar a vencer na F1

As decisões tomadas pela McLaren no GP da Hungria deixaram claras as duvidas: ser correta ou ser vencedora? Isso pode impactar mais à frente

22 jul 2024 - 16h45
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Norris, Piastri e Randy Singh : um triunfo opaco na Hungria
Norris, Piastri e Randy Singh : um triunfo opaco na Hungria
Foto: McLaren F1 / X

Deveria ser um final de semana de festa para a McLaren. Afinal de contas, seus dois pilotos garantiram a primeira fila e chegaram na frente no GP da Hungria. Além disso, tirou um pouco mais a diferença em relação a Red Bull nos Construtores e mostrou que tem hoje o melhor carro do grid.

Mas um gosto amargo ficou no final do doce....

Com o advento da disponibilização dos rádios durante a prova, algumas situações ficaram expostas em praça pública, ajudando até a montar certas narrativas. Entretanto, a decisão da inversão de posição de Lando Norris com Oscar Piastri deixou os fãs e boa parte da crítica embasbacados com a ação. Ok, a McLaren errou na estratégia, preocupados com um possível avanço por parte de Hamilton e acabou devolvendo Norris na frente de Piastri.

Piastri vinha fazendo uma prova de alto nível, conseguindo sair na frente de Norris na largada.  Quando da parada, acabou ficando na segunda posição. No final, o time ficou pedindo a Norris que fizesse a troca de posições. O que acabou acontecendo poucas voltas para o término da prova.]

O clima ficou um tanto esquisito, embora tenha havido a comemoração no pódio, Norris declarado que “Oscar já fez tanto por mim que era hora de retribuir” e até um vídeo de Zak Brown, que estava em Toronto na corrida da Indy, explicando um pouco o porquê da ação da McLaren.

A dúvida que se fez : fazer o correto, colocando as coisas como deveriam ser, ou pensar no campeonato de pilotos?

Como lembrado por alguns, a McLaren fez algo semelhante no GP da Austrália de 1998, quando ordenou que seus pilotos invertessem de posição, fazendo com que David Coulthard desse passagem para Mika Hakkinen e este vencesse a prova. E vimos algumas inversões já na atual gestão.

Só que a inversão em 1998 foi feita na primeira prova do campeonato. Agora, estamos no início da segunda metade da temporada e, embora não tenha afetado a situação de pontos no Campeonato de Construtores, Lando Norris deixou de tirar mais 7 pontos para Max Verstappen.

Embora a McLaren tenha neste momento do campeonato o melhor carro, impactando no desempenho de seus pilotos, é preciso olhar mais além. Vimos a Ferrari fazer isso antes com Leclerc algumas vezes mantendo o resultado de pista não fazendo a inversão (Sainz venceu na Grã-Bretanha 2022 nesta base).

Embora tenha sido uma decisão para “acertar as coisas”, faltou um pouco de visão estratégica ao time. Piastri é um piloto que vem tomando corpo a cada prova, corrigindo o seu problema de ritmo de corrida e cada vez mostra que a sua campanha nas fórmulas de base acaba por valer a aposta em trazê-lo da Alpine. As vitórias parecem ser cada vez mais inevitáveis em sua carreira.

Mas este seu primeiro triunfo acaba por ficar com um brilho opaco diante do distinto público e até mesmo internamente...

Novamente nos pegamos discutindo ordens de equipe. E se a McLaren tivesse mantido tudo? Muito provavelmente estaríamos aqui dizendo que não se fez justiça à Piastri. Ou ainda se Norris tivesse batido o pé e tivesse mantido a primeira posição? O climão seguiria, mas de outra maneira...

Não existe decisão fácil neste caso. Mas cada vez mais a McLaren tem que olhar para dentro de si e ver o que precisa para ser uma equipe de ponta novamente. Escolhas difíceis sempre aparecem e até mesmo o mais nobre dos corações precisa ser cruel algumas vezes.

Parabólica
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