McLaren cobra punição em caso de infração ao teto de gastos: "Criticamente importante"
CEO da McLaren, Zak Brown ressaltou a importância "crítica" do teto orçamentário e cobrou punições "não apenas financeiras" a qualquer equipe que tenha desrespeitado o limite de 2021
CEO da McLaren, Zak Brown cobrou firmeza por parte da FIA em relação à cobrança do teto orçamentário de 2021. Depois que o paddock do GP de Singapura foi tomado por polêmica com especulações de que duas equipes — Red Bull e Aston Martin — teriam desrespeitado o limite imposto de U$$ 145 milhões, a entidade que rege o automobilismo decidiu adiar o resultado de sua análise para a próxima segunda-feira (10). Apesar de evitar críticas mais fortes, Brown demonstrou descontentamento com o atraso.
"Eu não sei nada a mais do que as outras pessoas", afirmou Brown. "Os certificados deveriam ter sido distribuídos na quarta-feira, e agora eles adiaram para segunda-feira — o que significa que por alguma razão, eles não estão prontos. Você pode, baseado em especulação, presumir que uma equipe ou duas não tenham se submetido. Eu não sei se é o caso", admitiu.
Sem dirigir suas críticas a nenhuma equipe em particular, Brown preferiu destacar o quanto considera importante que o teto de gastos seja cumprido, e cobrou para que punições exemplares sejam distribuídas àqueles que eventualmente tenham ultrapassado o limite.
"O teto orçamentário é criticamente importante, e precisamos garantir que ele seja cumprido", ressaltou. "E se alguém tiver quebrado as regras, que as punições apropriadas — não apenas financeiras, mas esportivas e técnicas — sejam postas em prática", cobrou o americano.
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— Mercedes pede firmeza da FIA em investigação de estouro de teto de gastos da Red Bull
A polêmica tomou conta do fim de semana do GP de Singapura, vencido pelos taurinos com Sergio Pérez, quando a revista alemã Auto Motor und Sport revelou que a FIA investigava a possibilidade de Red Bull e Aston Martin terem ultrapassado o limite de US$ 145 milhões (R$ 782 milhões, na cotação atual) durante a temporada 2021, que marcou o título de Max Verstappen. A partir daí, Ferrari e Mercedes teceram comentários a respeito de duas equipes que teriam desrespeitado o acordo do teto orçamentário do ano passado — a outra seria a Aston Martin.
"Se você infringe as regras tecnicamente ou esportivamente, você sofre punições, e as [regras] financeiras deveriam ser a mesma coisa", avaliou Brown. "Porque se alguém gastou a mais, então isso deu a eles uma vantagem injusta na pista, e isso precisa ser lidado de acordo, rapidamente e com firmeza", finalizou o CEO da McLaren.
O teto orçamentário foi introduzido na F1 no ano passado e, de início, fixado em US$ 145 milhões (R$ 782 milhões, na cotação atual). Para 2022, a entidade optou por reduzi-lo em US$ 5 milhões (R$ 26 milhões), mas permitiu um acréscimo de 3,1% com o campeonato em andamento por correção inflacionária. Mesmo assim, as equipes do grid, sobretudo as ponteiras (Red Bull, Mercedes e Ferrari), já fizeram várias reclamações públicas sobre como o limite de gastos compromete o trabalho de desenvolvimento do carro.
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