Mercedes estaria por trás de apoio a novo time na F1 2026
Por receio de perder a Aston Martin como cliente ao fim em 2025, a Mercedes estaria apoiando um novo time na F1, segundo site
O processo de escolha de novos times para a F1 visando a temporada 2025 e 2026 segue em frente. A primeira fase foi cumprida e até o dia 30 de junho, teremos novidades. Em tese, até dois times serão escolhidos.
Pouco se sabe claramente sobre quem estaria participando do certame. A Andretti é a única que confirmou presença. Fora isso, se fala nos asiáticos da Panthera Racing, um projeto com apoio saudita conduzido por Craig Pollock (ex-BAR) e uma iniciativa da equipe Hitech.
A Hitech é uma equipe britânica com forte presença nas categorias de base. Começou na Grã-Brenha e logo expandiu suas operações. Para se ter ideia, os carros da W Series eram operados por eles. Nos últimos tempos, esteve em evidência por ter sido comprada por Dmitri Mazepin, o todo-poderoso mandachuva da russa Uralkali.
Para evitar problemas após a implantação de sanções europeias contra ativos russos por conta da invasão à Ucrânia, Mazepin vendeu o time de volta para seu fundador, Oliver Oakes. Hoje, o time atua na F2, FIAF3, F3 Britânica e Asiática e F4.
Não é de hoje que o time vem sendo envolvido em um projeto de F1. Várias situações aparecem, sendo desmentidas. A última seria que a Hitech contaria com o apoio da Mercedes para poder entrar na F1 a partir de 2026.
O site RacingNews365 dá conta que a Hitech batizou este programa de H26 e já usa instalações da Mercedes em Brackley para ter dados aerodinâmicos sobre os carros atuais e iniciar seus trabalhos. Mark Smith, ex-Diretor Técnico de Renault, Red Bull e Caterham estaria a frente da equipe técnica, que trabalha em uma antiga sede do time, e já contaria com cerca de 60 pessoas. Uma nova unidade em Bicester (Inglaterra) estaria nos planos.
O fato é que este projeto teria apoio técnico da Mercedes para ser uma espécie de “salva guardas” para uma saída da Aston Martin, que tem contrato com a montadora até 2025. Atualmente, a Aston compra motores e todo o trem traseiro.
Com a conclusão da fábrica prevista para este ano, espera-se que o time de Lawrence Stroll passe a cada vez mais andar por conta própria e possa aproveitar a mudança de regulamento para ter um motor para chamar de seu e poder ter soluções técnicas próprias, sem depender de terceiros.
Neste cenário, um acordo com a Mercedes faria todo sentido. Embora os alemães tenham dito que pensam em reduzir a sua carteira de clientes, ajudar a pagar a conta não seria algo de todo ruim. Sem contar a questão no campo político da F1.
Em todo caso, uma das perguntas que se levantam é: quem está por trás deste projeto? Desde a saída de Mazepin, os carros do time contam com o apoio de uma petroleira dos Emirados Árabes e só (fora os patrocinadores dos pilotos). Não são poucas as vozes que dão conta que o russo ainda estaria por trás de tudo, mas nada se prova.
A ver o que pode acontecer para frente.