Mercedes promete grandes mudanças para o W14 a partir de Baku
Em vídeo pós-Austrália, James Allison reaparece e dá pistas dos futuros passos da Mercedes na temporada. Muito trabalho é preciso....
O cancelamento do GP da China deu às equipes de F1 um descanso de 3 semanas para que pudessem focar mais no trabalho de avaliação dos dados obtidos nas três primeiras provas do ano e preparar o primeiro grande pacote de atualizações do ano.
Ninguém abre muito suas estratégias, mas Baku acabou se tornando esta janela de atuação, até pelas caracteristicas da pista e seu trecho de aceleração plena de mais de 2 km. Como postamos antes, a Ferrari deve trazer novidades maiores para esta prova, mesmo com uma Sprint Race no calendário (ver aqui).
Porém, nesta terça surgiu em cena uma figura que estava escondida e que já dizia que estaria de volta aos trabalhos na F1: o engenherio James Allison. No já tradicional vídeo pós-corrida da Mercedes AMG, Allison foi o âncora, respondendo sobre a performance do time na Austrália e os próximos passos.
Não é segredo que o W14 não caiu no gosto de Lewis Hamilton, que vem reclamando muito do seu comportamento. A Mercedes sabe que tem que trabalhar muito para poder se bater com a Red Bull e Allison confirmou que o trabalho vem sendo duro em Brackley.
"Vamos trabalhar o máximo possível no túnel de vento para encontrar novo downforce e faremos o mesmo no escritório de projetos, para garantir que os ganhos encontrados no túnel há algumas semanas se traduzam em desempenho na pista".
Mas o ex-diretor técnico também anuncia a chegada de novidades sobre a mecânica: "Também vamos trabalhar para projetar novas peças mecânicas, diferentes componentes para a suspensão que achamos que vão ajudar no equilíbrio do carro tornando-o mais estável, algo que os pilotos têm mais confiança para empurrar no limite".
Falar em peças mecânicas dá a entender que as suspensões deverão ser mexidas para tentar tornar o carro mais estável e trabalhar com alturas mais baixas, permitindo gerar mais apoio aerodinâmico. Porém, isso implicaria em mexer em áreas como caixa de câmbio e o próprio assoalho. Aí tem-se o limite de orçamento e de desenvolvimento....
Porém, a urgência da Mercedes fica clara quando Allison fala que "em termos de desempenho, provavelmente extraímos quase tudo que esse conceito pode nos dar agora.". Estaria mesmo o W14B em curso?