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Mercedes reage a protestos rejeitados e confirma intenção de apelar à decisão da FIA

Depois de ter os protestos rejeitados pela FIA em Abu Dhabi, a Mercedes admitiu que tem intenção de apelar ao ICA, corte suprema da FIA

12 dez 2021 - 17h16
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A Mercedes ainda pode tentar tirar o título da Red Bull em 2021
A Mercedes ainda pode tentar tirar o título da Red Bull em 2021
Foto: Red Bull Content Pool / Grande Prêmio

A disputa pelo título da temporada 2021 da Fórmula 1 parece não ter hora para acabar. Neste domingo (12), após entrar com dois protestos referentes às voltas finais do GP de Abu Dhabi e ter ambos rejeitados pela FIA, a Mercedes confirmou a intenção de apelar oficialmente das decisões da entidade.

Agora, o time tem 3 dias para tornar oficial a apelação ao ICA, que é a corte suprema da FIA, contestando as decisões tomadas. Para o time alemão, que se sagrou campeão do Mundial de Construtores, Max Verstappen ultrapassou Lewis Hamilton em safety-car que, por sua vez, não teria tido o procedimento correto com retardatários.

A FIA entendeu que, em ambas as situações, não houve equívocos que pudessem gerar mudanças nos resultados. No caso da ultrapassagem em safety-car, que foi apenas um curto momento e que logo o holandês devolveu. Sobre o procedimento, ao ter deixado apenas alguns retardatários realinharem na volta do líder, que o diretor de provas, Michael Masi, tem autoridade para indicar isso.

As próximas horas serão decisivas para que se entenda até que dia o campeonato de 2021 pode ir. Fato é que, por enquanto, Max Verstappen segue declarado campeão e isso só será alterado caso a apelação seja aceita pelo superior da FIA.

Max Verstappen foi campeão, mas a Mercedes ainda vai questionar as decisões da FIA (Foto: Red Bull Content Pool)

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ENTENDA O CASO

A vitória do GP de Abu Dhabi e o título em favor de Lewis Hamilton pareciam encaminhados. Só que a história da corrida e da decisão do campeonato mudou quando Nicholas Latifi bateu firme no guard-rail da curva 14 quando restavam cinco voltas para a bandeirada final. O safety-car entrou na pista e neutralizou a vantagem de 11s5 que Hamilton tinha para Verstappen.

Naquele momento, a Red Bull deu o pulo do gato crucial para o título do holandês ao aproveitar o período de safety-car para chamá-lo para trocar os pneus duros por compostos macios. Era o tudo ou nada para tentar superar Hamilton. Diferente dos taurinos, a Mercedes foi conservadora e não chamou o britânico para uma nova troca.

Depois do pit-stop, Verstappen voltou em segundo, mas com cinco carros entre ele e Hamilton: Lando Norris, Fernando Alonso, Esteban Ocon, Charles Leclerc e Sebastian Vettel. Num primeiro momento, os retardatários não tiveram permissão para descontar a volta para o líder. Mas depois da chiadeira por parte da Red Bull, Michael Masi voltou atrás e autorizou a medida. Só que apenas os carros que estavam entre Hamilton e Verstappen foram autorizados a descontar a volta para o líder.

Ainda sob período de safety-car, a Mercedes alegou que Verstappen colocou o carro ligeiramente à frente da Mercedes de Hamilton, o que é vetado pelo regulamento. Logo depois, na relargada, o holandês tirou proveito da melhor performance dos pneus macios contra os compostos duros de Hamilton e fez a ultrapassagem. Aguerrido, Lewis lutou para recuperar a posição, mas não evitou o triunfo e o título histórico obtido por Verstappen em Abu Dhabi.

Imediatamente após a derrota no GP de Abu Dhabi, a Mercedes dois protestos na direção de prova contra o novo campeão mundial Max Verstappen. A alegação da equipe alemã é de que o holandês violou o Artigo 48.8 do código esportivo da FIA, que proíbe que os pilotos ultrapassem sob período de safety-car.

A segunda alegação é uma violação do código 48.12, que fala sobre os retardatários no período de safety-car, já que Lando Norris, Fernando Alonso, Esteban Ocon, Charles Leclerc e Sebastian Vettel foram autorizados a ultrapassarem os líderes e o safety-car, mas a corrida foi autorizada a ser reiniciada sem o espaço de uma volta para que o pelotão fizesse o esforço para se aproximar.

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