Mercedes vê vantagem para pelotão do meio como chance de fazer W13 evoluir em 2022
O diretor de engenharia de pista da Mercedes, Andrew Shovlin, acredita que o time de Brackley tem uma margem de segurança para as equipes do meio do pelotão da tabela, o que abre a chance de o time testar melhorias no W13 para chegar em Red Bull e Ferrari
Os modestos 38 pontos conquistados até o momento pela Mercedes após duas etapas da temporada 2022 da F1 demonstram que a equipe terá um caminho difícil pela frente na defesa do octacampeonato consecutivo no Mundial de Construtores. Mas, apesar do desempenho abaixo do esperado para o seu padrão, o diretor de engenharia de pista, Andrew Shovlin, vê o time de Brackley com uma margem para as equipes do meio do pelotão, o que lhe dá a chance de respirar.
"Não temos ilusões sobre qual é a diferença de desempenho. Em Jedá, foi um pouco pior do que no Bahrein", disse Shovlin em vídeo veiculado no canal da Mercedes. "Temos muito o que encontrar tanto na classificação quanto no ritmo de corrida se quisermos desafiar a Ferrari e os carros da Red Bull. No entanto, atrás de nós, parece que temos um pouco de margem para o meio do pelotão."
Estabelecendo-se como terceira força após as corridas no Bahrein e na Arábia Saudita, a Mercedes vem seguida na tabela pela Alpine, com 16 pontos, e a Haas, com 12, que tiveram um início de temporada competitivo, porém com apenas um de seus pilotos pontuando regularmente — no caso do time francês, Esteban Ocon marcou 14 tentos; já Kevin Magnussen anotou até o momento todos os pontos da equipe americana.
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Essa inconstância das adversárias, para Shovlin, é o que pode dar à Mercedes a vantagem necessária nas próximas etapas. "Precisamos fazer um bom trabalho para estar à frente deles, mas temos um pouco de margem, e isso nos dá um espaço que nos permite fazer testes nos finais de semana, tentar trazer soluções para elevar o nível de desempenho do carro. Todos estão trabalhando muito para tentar entender o problema e trazer soluções, e vamos fazer isso em etapas nas próximas corridas."
O britânico analisou ainda o desempenho da equipe alemã na última etapa, disputada em Jedá, sobretudo de Lewis Hamilton. O inglês teve a sua pior classificação desde o GP do Brasil de 2017, quando também ficou de fora ainda no Q1.
"Fundamentalmente, ainda não entendemos o carro tão bem quanto no final do ano. Foram apenas duas corridas até agora. Estamos sempre explorando o acerto com Lewis, tentando encontrar uma direção que ofereça desempenho, e encontramos um bom caminho na sexta e no sábado. Mas acabamos ficando um pouco mais distantes na classificação", avaliou Shovlin.
"O problema agora é que o carro não é rápido o suficiente, e, a menos que sejamos perfeitos na classificação, estaremos em risco. Então, precisamos fazer um carro mais rápido o mais rápido possível", finalizou o engenheiro de pista.
A próxima etapa da Fórmula 1 acontece neste fim de semana, na Austrália, dia 10 de abril.
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