O talento dentro das pistas é certamente o principal motivo pelo qual Ayrton Senna é idolatrado pelo público brasileiro. No entanto, as pole positions, vitórias e momentos épicos não cativaram a população nacional sozinhos. A figura do piloto se popularizou muito por conta do seu carisma e de frases bem colocadas, que inspiraram o povo do Brasil. Veja abaixo dez das declarações mais importantes da carreira de Ayrton Senna:
Bom no trato com a imprensa, Senna deu declarações marcantes
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"Quero ganhar sempre. Essa história de que o importante é competir não passa de demagogia", setembro de 1985
"O Piquet carrega as cores do Brasil, mas não vive o Brasil. Ele vive outro mundo, a Europa, mais do que o Brasil. Para ser honesto, o Piquet é uma pessoa que tem grandes qualidades, mas talvez tenha alguns problemas de infância e alguns problemas com a imprensa que existiram uns anos atrás que marcaram muito e automaticamente tiraram um pouco o amor dele pelos brasileiros e pelas coisas aqui do Brasil. E ele se identificou principalmente com os italianos. Ele é um cara revoltado, uma pessoa inconstante, é uma coisa notória. Isso dificulta muito no relacionamento com as pessoas", sobre Nelson Piquet em entrevista ao programa Roda Viva, em 1986.
"Não sei dirigir de outra maneira que não seja arriscada. Quando tiver de ultrapassar vou ultrapassar mesmo. Cada piloto tem o seu limite. O meu é um pouco acima do dos outros", janeiro de 1989.
"No Grande Prêmio do Japão, em 1988, eu estava superconcentrado, me preparando para uma curva longa, quando vi a imagem de Jesus. Era tão grande. Ele estava suspenso, com a roupa de sempre, a cor de sempre, e uma luz em volta. Seu corpo inteirinho subia para o céu, ocupando todo o espaço. Ao mesmo tempo em que tinha essa imagem incrível, eu guiava um carro de corrida. Guiava com precisão, com força, com tudo. É de enlouquecer, não é? É de enlouquecer.", agosto de 1990.
Comentários de cunho religioso faziam parte do repertório do piloto
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"Medo faz parte da vida da gente. Algumas pessoas não sabem como enfrentá-lo, outras - acho que estou entre elas - aprendem a conviver com ele e o encaram não como uma coisa negativa, mas como um sentimento de autopreservação", junho de 1991.
"Acidentes são inesperados e indesejados, mas fazem parte da vida. No momento em que você se senta num carro de corrida e está competindo para vencer, o segundo ou o terceiro lugar não satisfazem. Ou você se compromete com o objetivo da vitória ou não. Isso que dizer: ou você corre ou não", agosto de 1991.
"Eu sou feliz. Serei plenamente feliz, talvez, se chegar com sabedoria aos 60 anos. De qualquer forma, ainda tenho muita vida pela frente", outubro de 1991.
"Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá", em entrevista a João Dória Júnior em 1994, na casa recém-comprada de Angra dos Reis.
Vinte anos se passaram desde que Ayrton Senna deixou o Brasil de luto. Nesta galeria de fotos, o Terra relembra a carreira vitoriosa do ídolo na Fórmula 1, desde o início na pequena Toleman até a morte trágica em Ímola depois de três títulos mundiais. Confira
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Antes da Fórmula 1, Ayrton Senna se destacou na categoria F3 inglesa
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Senna utilizou dois modelos da Toleman no seu primeiro ano na Fórmula 1, em 1984: o TG183B e o TG184
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Primeiro carro pilotado pelo brasileiro conseguiu terminar duas corridas na sexta posição, sendo que Senna não concluiu a primeira prova e não conseguiu se classificar na quarta (e última)
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A corrida de despedida de Ayrton Senna na Toleman foi no GP de Estoril de 1984, quando ele conquistou seu terceiro pódio - foram dois terceiros lugares e uma segunda colocação com o novo modelo
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No primeiro ano de carreira na F1, Senna já chamou atenção do mundo do automobilismo
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Brasileiro sorri no primeiro GP da carreira no Brasil, em Jacarepaguá
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O GP da Europa de 1985 foi o último que Senna conseguiu terminar naquela temporada, ficando atrás apenas do vencedor Nigel Mansell
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Senna não ganhou a corrida de Hungaroring em 1986, mas apenas porque sofreu uma das maiores ultrapassagens da história da Fórmula 1, feita por Nelson Piquet, campeão daquele ano e vencedor do primeiro GP da Hungria
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Sonhando com a Fórmula 1, Rubens Barrichello posa para foto com o ídolo Ayrton Senna, na época que ele corria pela Lotus
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Senna sobe ao pódio pela primeira vez no Brasil, ficando no segundo lugar do GP de Jacarepaguá de 1986
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A fama de rei de Mônaco de Ayrton Senna começou em 1987, quando Senna venceu com sua Lotus amarela o GP pela primeira vez
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No ano do seu primeiro título, 1988, Senna conseguiu subir no lugar mais alto do pódio de Silverstone
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Senna observa o circuito de Silverstone após rodar no GP realizado em 1989
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Colisão entre Ayrton Senna e Alain Prost marcou GP de Suzuka em 1989
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Ao contrário de Senna, Prost logo se retirou do carro em Suzuka; a batida ajudou o francês a ser campeão mundial - o brasileiro voltou para a pista, mas foi desclassificado
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Ron Dennis tentou equilibrar a relação turbulenta entre Senna e Prost
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Duelando com Prost pelo título de 1990, Senna acelera em Monza para a vitória
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Senna e seu companheiro Gerhard Berger fizeram a dobradinha no GP de Hockenheim, na Alemanha, em 1990
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A terceira vitória de Senna com a McLaren em 1990 veio no Canadá, no GP de Montreal; brasileiro terminou o ano como bicampeão mundial, dando o troco no desafeto Prost
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Senna ajusta seu carro antes do GP de Interlagos de 1991, o qual ele venceria e sairia emocionado
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Ayrton Senna venceu pela primeira vez no Brasil em Interlagos, em 1991
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Com o carro quebrado em Silverstone, Senna pegou uma carona com o vencedor Nigel Mansell em 1991, ano que marcou seu terceiro e último título
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Senna ganhou em Mônaco pela quinta vez em 1992
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Senna teve que pisar fundo para brigar de igual para a igual com as Williams em 1992
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Senna festeja com Damon Hill a vitória no GP da Europa de 1993, ano que o brasileiro conseguiu o vice-campeonato
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Chuva ajudou Ayrton Senna no GP da Europa de 1993
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1993 foi um dos dois anos que o Senna da McLaren não venceu em Spa-Francorchamps, pista na qual ele não deu chances para ninguém entre 1988 e 1991
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Senna se prepara para treino na sua última temporada na F1, pela Williams em 1994
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Senna não conseguiu se acertar com o carro da Williams da temporada de 1994 e se acidentou no segundo GP do ano, em Aida, no Japão
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Williams teve problemas para ajustar o carro desde a série de proibições estabelecidas pela FIA em 1994
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Na sessão de treinos classificatórios para o GP de Imola, Roland Ratzenberger morreu após uma batida
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Acidente fatal de Ratzenberger e sério do então jovem Rubens Barrichello preocuparam Senna
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Brasileiro dentro de sua Williams antes do seu último GP
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Carro de Senna ficou destruído depois do acidente em Ímola
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Apesar do atendimento imediado, Senna não teria como sobreviver ao acidente sofrido em Imola
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Fãs apaixonados pelo piloto brasileiro desmaiaram quando seu corpo chegou a São Paulo
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Emerson Fittipaldi, Rubens Barrichello, Alain Prost, além de familiares, carregaram o caixão de Ayrton Senna no seu enterro em São Paulo