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Michelin mais uma vez diz “não” para fornecer pneus à F1

Em entrevista, o CEO da Michelin diz que "um retorno sempre esteve em consideração", mas que não concorda com a filosofia atual da F1.

19 abr 2023 - 12h42
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Após considerar, a Michelin mais uma vez diz não à F1
Após considerar, a Michelin mais uma vez diz não à F1
Foto: Michelin Motorsport / Divulgação

Algumas semanas atrás, a FIA iniciou processo de escolha para fornecedor de pneus para a F1 para o período 2025-2028. Uma das dúvidas que se tinha era se a Michelin estaria interessada em retornar à categoria.

No processo anterior, os franceses discordaram de várias condições impostas. As principais eram a questão de fornecedor único e a degradação acelerada pedida pela F1. Entretanto, a Michelin tem deixado algumas categorias de competição importantes e revendo o seu perfil de atuação. Por estes e outros motivos, se especulou que a marca poderia retornar à F1, onde já esteve entre 1977 a 1984 e 2001 a 2006.

Entretanto, em entrevista ao site The Drive, o CEO da Michelin, Florent Menegaux, foi taxativo em dizer que, no formato atual, a empresa não volta à categoria.

Segundo ele, um retorno à F1 “sempre esteve em consideração”. Porém, a filosofia de degradação excessiva vai contra a filosofia da Michelin.  “A questão é: como nós usamos a tecnologia para ter um bom show? E onde a F1 quer chegar?  Porque nós discutimos com eles por muito tempo e não chegamos a um acordo.”, diz Menegaux. “Porque a F1 diz que tem que ter show, tem que ter pneus que se acabem. Creio que nós não sabemos como fazer isso. Então, não concordamos.”.

Menegaux não é um simples burocrata. Embora tenha uma vasta carreira na Michelin, ele participou ativamente das atividades da marca em esporte a motor entre 2008 e 2014. Então, sabe exatamente do que está falando e deixa claro que a competição é importante para a Michelin.

“Primeiro, temos que nos recordar porque a Michelin está em competição. O primeiro elemento não é sobre o show. Muito menos sobre a marca. É sobre tecnologia. Participamos de corridas porque é a melhor maneira de testar rapidamente novas tecnologias. É a primeira razão.”

“É claro que temos outros benefícios. Um deles é o show. Um benefício gerado é o reconhecimento da marca. E neste aspecto, Michelin é uma das marcas mais conhecidas do mundo. Não precisamos fazer isso”.

A fala definitiva de Menegaux sobre o assunto vem da comparação direta com a MotoGP, onde a Michelin é fornecedora única. “Na MotoGP, fornecemos pneus macios, médios e duros para cada tipo de circuito. E cada tipo de moto pode vencer com cada um deles sem trocas. É a forma que você acerta sua moto, o tipo de circuito e a maneira de pilotagem que importam. “

“Então, quando você pode influenciar as regras para que a performance obtida usando materiais mais simples e fazer um bom espetáculo, tudo bem. Na MotoGP, mesmo os times menores podem vencer. E eles podem dizer que o pneu que nós produzimos os ajudam a conseguir isso. Por este motivo, não voltamos à F1.”

O processo de escolha do novo fornecedor só teve até a agora a comunicação pública do interesse da Pirelli, que está na F1 desde 2010. Bridgestone estaria considerando, bem como a GoodYear (que garantiu o fornecimento para a futura LMGT3 do WEC a partir de 2024) e a Hankook (que participou do último processo seletivo). A conferir os próximos capítulos.

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