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Motores: fator importante no México e Interlagos na F1

Final de temporada e todas as equipes estão em situação complicada na gestão dos motores. F1 2024 pode ser definida aqui também...

26 out 2024 - 13h59
(atualizado às 14h00)
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Unidade de Potência Mercedes. A gestão dos motores é critica agora
Unidade de Potência Mercedes. A gestão dos motores é critica agora
Foto: Mercedes AMG F1

Como todos os analistas gostam de reforçar, o GP da Cidade do México tem na altitude um dos fatores que acabam por determinar o desempenho. Este espaço tratou dos diversos aspectos que impactam e um deles acaba por ter um peso importante não somente neste final de semana, mas no restante do final de semana: a gestão dos motores.

O regulamento esportivo da F1 restringe o uso de peças das unidades de força. Uma equipe pode usar sem ter punições 4 conjuntos ao longo das 24 provas, sendo detalhado da seguinte forma: 4(quatro) unidades de combustão (ICE); 4(quatro) turbocompressores (TC); 4 (quatro) unidades de geração de energia elétrica via térmica e cinética cada (MGU-H e MGU-K); 2 (duas) baterias (ES), 2 (duas) Centrais Eletrônicas (CE) e 8 (oito) escapamentos (EX).

A primeira troca além das quantidades autorizadas pelo regulamento implica em uma punição de 10 (dez) posições no grid de largada da corrida principal. As demais trocas, levam à punição de 5 (cinco) posições no grid.

Ao longo da temporada, as equipes, em conjunto com os fabricantes, vão fazendo a gestão das unidades. Normalmente, as unidades mais usadas acabam sendo utilizadas nos Treinos Livres da Sexta, deixando aquelas mais novas para os treinos e corridas. Além disso, os fabricantes levam os motores para verificação nas suas bases e, na maioria das vezes, retornam para uso.

Dentro das restrições, a verificação é importante. Com o uso, que é bem extremo, a performance vai caindo ao longo do tempo, graças ao aumento de folgas de peças e o estresse de materiais (aqui entram as baterias). Estima-se que a diferença de potência de uma unidade nova para uma mais usada pode chegar a 50 cavalos somente na unidade de compressão (ICE). Estimando uma média de 850cv, chega a quase 10%. É muita coisa.

Diante deste quadro, os motores devem estar no seu melhor para México, onde se chega a mais de 2.200m acima do nível do mar, e em São Paulo, onde a altitude chega a 700m e acaba por impactar também o funcionamento. Como dissemos algumas vezes: quanto mais alto, mais o motor tem que fazer esforço para gerar potência por conta de entrar menos oxigênio para a queima de combustível e refrigeração...

O quadro de peças antes do início do final de semana do GP do México mostra como o grid está numa situação bem complicada (foto abaixo). E um sinal de alerta acendeu no caso de Max Verstappen após reclamar bastante de problemas na sexta-feira. No caso específico do Neerlandês, dependendo se trocas sejam necessárias, acaba por impactar diretamente no grid. E neste momento de briga grande entre os Pilotos e nos Construtores, a escolha deve ser muito bem pensada. Aqui entram as McLaren, que estão no limite e qualquer troca levaria a 10 (dez) posições no grid.

Quadro das peças das unidades por piloto antes do GP da Cidade do México
Quadro das peças das unidades por piloto antes do GP da Cidade do México
Foto: FIA

Logo vem à mente a decisão feita pela Mercedes em 2021 em Interlagos para Lewis Hamilton. Naquele momento, um motor novo foi colocado para o britânico e o ganho foi muito grande, levando a uma grande exibição de Hamilton, até mesmo considerando a Sprint Race. Mesmo com mais três provas à frente, os times estão considerando isso.

Porém, quem trocar no México tem a oportunidade de uma corrida “normal” à frente e aproveitar a oportunidade...a ver se teremos alguém fazendo este movimento para a prova. E principalmente em Interlagos.

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