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Na Garagem: Schumacher vence em Aida e se torna mais jovem bicampeão da Fórmula 1

Michael Schumacher precisava apenas de três pontos para garantir o bi no GP do Pacífico. Mas ele superou a dupla da Williams, reforçou o domínio que teve em 1995, venceu a prova e conquistou o segundo título mundial da carreira

22 out 2020 - 05h02
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A festa de Michael Schumacher com o segundo título conquistado na F1
A festa de Michael Schumacher com o segundo título conquistado na F1
Foto: Reprodução / Grande Prêmio

Restavam apenas três corridas para o fim da temporada 1995, e Michael Schumacher precisava de somente três pontos para conquistar o bicampeonato mundial de Fórmula 1. Mas o alemão conseguiu fazer ainda melhor e venceu o GP do Pacífico, no circuito de Aida, encerrando a disputa contra Damon Hill e se consolidando como o piloto a ser batido no grid.

Para entender como Schumacher chegou a Aida, no Japão, com chances de título, é preciso voltar um pouco no tempo. Após a morte de Ayrton Senna, em 1994, o piloto da Benetton tomou o posto de grande nome da categoria, enfrentando e derrotando Hill, da Williams, na última prova da temporada. Os dois pilotos se tocaram durante a corrida e abandonaram, favorecendo Schumacher, que liderava o campeonato.

Para 1995, a rivalidade estava ainda mais apimentada. A Benetton passou a correr com os mesmo motores Renault que a Williams, equilibrando as forças. Após trocas de vitórias nas primeiras corridas, Schumacher começou a dominar o campeonato e abrir vantagem na liderança. Desesperado em busca de resultados, Hill forçou ultrapassagens nos GPs da Inglaterra e da Itália, causando abandonos duplos em ambas ocasiões. Quando chegaram a Aida, o alemão tinha 82 pontos depois de vencer o GP da Europa, contra apenas 55 do britânico.

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Schumacher largou em terceiro e superou a dupla da Williams nos boxes para vencer em Aida (Foto: Reprodução)

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Na classificação, David Coulthard, da Williams, ficou com a pole. O companheiro de equipe, Hill, foi o segundo e Schumacher conseguiu apenas a terceira melhor marca.

Na largada, Damon forçou para defender a posição do ataque de Schumacher, espalhou na primeira curva e caiu para terceiro, atrás de Jean Alesi. O piloto da Benetton levou a pior, caindo para o quinto lugar. Na liderança, Coulthard disparava na frente dos rivais.

Na quinta volta, Schumacher ultrapassou Gerhard Berger e pulou para o quarto posto, começando a caçada contra o rival na briga pelo título. No 11º giro, o alemão forçou a passagem, mas foi fechado. A posição só seria conquistada na parada nos boxes, quando a Benetton fez ótimo trabalho, devolvendo o piloto na frente de Alesi e Hill.

A partir daí, a briga de Schumacher foi para alcançar Coulthard. E conseguiu. A ultrapassagem, no entanto, só aconteceu nos boxes. Enquanto Michael tinha estratégia de duas paradas, o escocês faria três pitstops. Após a última visita, o piloto da Williams voltou 14 segundos atrás e, preso atrás de retardatários no travado circuito japonês, não conseguiu tirar a vantagem.

Os integrantes da Benetton comemoraram muito o segundo título consecutivo do alemão (Foto: Reprodução)

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No fim das 83 desgastantes voltas em Aida, Michael Schumacher foi o primeiro a receber a bandeira quadriculada, tornando-se o mais jovem piloto a conquistar dois títulos mundiais de Fórmula 1, com 26 anos e 293 dias. A marca anterior, que durava desde 1974, era de Emerson Fittipaldi, bicampeão com 27 anos e 299 dias.

David Coulthard terminou na segunda posição e Damon Hill, em corrida apagada, ficou apenas em terceiro. No pódio, muita festa de Schumacher com o chefe Flavio Briatore, diante de uma decepcionada dupla da Williams.

Após vencer o GP do Japão e abandonar o GP da Austrália, Schumacher saiu da Benetton. Em 1996, ele se tornou piloto da Ferrari, começando o projeto de reconstrução da equipe que não conquistava um título mundial de Pilotos desde 1979. O resto da história, todo mundo conhece, com o alemão levando cinco taças pela escuderia italiana e colocando-se entre os maiores da F1.

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