"Não estamos prontos para assinar": Mercedes se diz vítima de novo Pacto da Concórdia
Toto Wolff, chefe da equipe alemã, não disse exatamente quais, mas que discorda de vários pontos do novo Pacto de Concórdia, o documento que rege os acordos comerciais e o comprometimento das fabricantes com a F1
O atual Pacto da Concórdia da Fórmula 1, aquele que regula as relações comerciais e esportivas da categoria, se encerra ao final do ano. Por isso, este mês de agosto foi colocado como o final para a assinatura das nova diretrizes. Mas há quem não se "sinta preparado" para colocar o nome no papel.
É o caso da Mercedes. De acordo com Toto Wolff, o comandante dos alemães, a equipe não concorda com todos os pontos apresentados e, sem mudanças até o dia 12 (data final para as assinaturas), não pretende usar a caneta junto aos adversários.
"Nós deixamos claro que estamos felizes com uma divisão mais igualitária do dinheiro de premiação. A maneira com que o sucesso é valorizado, também concordamos. Somos as grandes vítimas, digamos, dessa nova divisão. Já a Ferrari manteve sua posição vantajosa. Com a Red Bull, tudo se equilibra com a AlphaTauri. Então é isso que nos machuca mais", comentou o dirigente.
"Sinto que a Mercedes tem contribuído ao esporte nos últimos anos. Somos competitivos na pista, temos o piloto com maior apelo global. Sinto que não fomos tratados nessas negociações da maneira que deveríamos. Existem diversos tópicos que seguem abertos para nós, em termos comerciais, de regulamento, esportivos. Em nosso ponto de vista, não sinto que estamos prontos para assinar o novo Pacto da Concórdia", completou Wolff.
As equipes citadas, como a Ferrari, e outras, como a McLaren, já concordaram em assinar o acordo - que é, claro, ditado pelo Liberty Media, que comanda a F1.
Wolff, porém, não citou os pontos que sua equipe não concorda. De acordo com o 'Autosport', o principal é, de fato, a maneira com que a Mercedes é tratada. Para ele, como dona de todos os títulos recentes, a equipe merecia ser mais ouvida.
Outro ponto é a manutenção do poder de veto para a Ferrari, além de um bônus em dinheiro pela força histórica da escuderia italiana.
Em nota, a Fórmula 1 respondeu a Wolff, citando que "tem conversado com todas as equipes de maneira colaborativa e construtiva, além de ouvir a todos. Esse pacto é importante para o futuro do esporte e dos nossos fãs. Estamos avançando com ele e não iremos atrasá-lo."