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No meio da tecnologia, o ser humano faz a diferença na F1

Mesmo com todos os recursos técnicos disponíveis, a F1 ainda tem o ser humano como efeito transformador. O GP de Mônaco mostrou

31 mai 2023 - 12h33
(atualizado às 12h36)
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Alonso em Mônaco: mesmo com toda a tecnologia, suas decisões e da equipe impediram um sucesso maior
Alonso em Mônaco: mesmo com toda a tecnologia, suas decisões e da equipe impediram um sucesso maior
Foto: Aston Martin F1

Este dublê de jornalista não tem receio de ser repetitivo.

Uma ideia, um conceito...podem ser colocados de diversos aspectos.

Aqui, mais um deles: mesmo a F1 sendo um meio altamente tecnológico, ainda é extremamente dependente do fator humano.

Em termos de tecnologia aplicada, temos demonstrações a cada final de semana. Para construir um carro, são necessários milhões de dólares gastos em pesquisa, desenvolvimento e fabricação. E para fazer este processo todo, é preciso o genio humano

Vemos, por exemplo, a Aston Martin gastar cerca de 200 milhões de dólares para a construção de uma sede nova em folha, para poder colocar todos seus funcionários sob o mesmo teto e usar o que existe de mais moderno. Sem contar os gastos em pessoal, para tentar entregar o melhor carro possível aos seus pilotos.

Mas não basta só ter um bom carro. É preciso ter cabeças pensantes para coordenar, planejar e executar. Ajudar o piloto, aquela singela peça encravada entre o banco e o volante, a alcançar o melhor daquele equipamento.

A combinação destes dois fatores é que resulta no sucesso ou no fracasso. E a Aston Martin em Monaco acabou por mostrar como a percepção humana é importante na F1.

Mesmo com todos os radares meteorológicos, computadores...toda a decisão tomada durante o GP de Monaco para a entrada de Fernando Alonso nos boxes foi baseada na observação dos envolvidos. O espanhol estava na pista e teve a percepção de que a pista não estava pronta para os intermediários. Ao mesmo tempo, a equipe julgou que a chuva passaria e usar os médios seria o correto...

Aqui também passa a questão do “pensar grande”, da confiança. A Aston Martin este ano está no patamar que se esperava quando Lawrence Stroll comprou o time em 2018. E numa forma até mesmo automática, acaba pensando no “o ótimo é inimigo do bom”.

Até agora se discute se Alonso poderia vencer a prova ou não (a chance era grande), mas falta ainda a centelha, o impulso. Para o atual quadro da Aston Martin, o resultado é muito bom. Mas fica o gosto amargo na boa do “e se...”.

Isso mostra como o ser humano é importante no processo, bem como a preparação mental, o modo de pensamento. Uma coisa puxa a outra e ajuda muito. Afinal de contas, uma boa mão de obra vai fazer um bom carro, tomar decisões corretas e trabalhar de modo a ter o melhor resultado possível. Estrutura ajuda. E muito. Mas as pessoas são o diferencial.

Não é a toa que, nos ultimos tempos, a noticia de contratações de técnicos tem tido tanto destaque. Mesmo com regulamentos cada vez mais rígidos, visões e conceitos diferentes podem ajudar em revisão de estruturas. E como sempre se diz aqui: corrida não se vence somente na pista.

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