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Norris revela problemas de saúde mental em ano de estreia na F1: "Me sentia depressivo"

Após chegar perto de sua primeira vitória, Lando Norris diz que imagem de brincalhão não mostra as dificuldades que passou ao entrar na F1

4 out 2021 - 10h06
(atualizado às 10h09)
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Lando Norris reforçou, novamente, a importância da saúde mental
Lando Norris reforçou, novamente, a importância da saúde mental
Foto: McLaren / Grande Prêmio

Aos 21 anos de idade, Lando Norris costuma ser bastante ativo nas redes sociais e revela sua faceta descontraída. Na temporada 2020, por exemplo, o piloto tinha uma das amizades mais animadas do grid com seu ex-companheiro Carlos Sainz, hoje na Ferrari, apesar de admitir que também existia rivalidade. Mas o prodígio britânico já levou ao debate um tema sério: a saúde mental. Nas palavras de Lando, sua mente nem sempre esteve boa como parecia, principalmente depois de sua estreia na principal categoria do automobilismo mundial, em 2019.

"Acho que as pessoas, quando assistem pela TV, não percebem muitas coisas que um piloto passa", disse Norris em entrevista veiculada durante programa da emissora britânica ITV.

"Existe um pouco de vergonha, mas agora há mais programas que mostram como um piloto é fora das pistas, a quantidade de pressão e estresse que temos de lidar. Ainda mais na minha idade, entrando na F1 aos 19 anos. São muitos olhos em você. Lidar com tudo isso cobrou seu preço", comentou.

Lando Norris liderou boa parte da corrida na Rússia, mas no fim perdeu a vitória por se recusar a calçar os pneus intermediários (Foto: McLaren)

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O jovem revelou que teve sérios problemas de saúde mental por conta da cobrança extrema que a categoria impõe por si só. Lando disse que chegou a se questionar, constantemente, se teria habilidade para estar ali, além de ficar em uma posição instável, sem saber o que poderia acontecer em seu futuro. Norris tinha medo de precisar largar a Fórmula 1, pois não se considera "muito bom em outras coisas".

"Não sabia o que aconteceria em seguida. [Pensava] Se isso der errado, se eu sair no próximo treino e não performar, o que vai acontecer? Qual o resultado disso tudo? Estarei na F1 ano que vem? O que eu farei então, já que não sou muito bom em outras coisas? Então tinha tudo isso e eu me sentia depressivo em grande parte do tempo, pensando que não seria bom o suficiente, coisas assim", disse.

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O parceiro de Daniel Ricciardo ainda efetuou uma parceria com a Mind [Mente, em tradução livre], instituição de caridade focada em problemas de saúde, fundada em seu país natal. Norris disse que o projeto o ajudou e lhe proporcionou a possibilidade de conversar sobre seus problemas, algo que ele também fez com a equipe e seus amigos mais próximos.

"Fizemos parceria com a Mind, que me ajudou demais, e também ajudou várias outras pessoas na McLaren, mas no mundo inteiro como um todo. Falando com a McLaren, com as pessoas ao meu redor, meus amigos e o Mind, estou melhor agora. Bem mais feliz e posso aproveitar o que faço", finalizou.

Sobre o que acontece dentro das pistas, Norris reconheceu que o público deposita mais esperanças na McLaren neste momento, após um 1-2 na Itália e sua quase vitória na Rússia, que escapou com poucas voltas para o final, após o inglês liderar praticamente toda a etapa. No entanto, o piloto do carro #4 prefere controlar as expectativas, já que a equipe de Woking, apesar da evolução demonstrada, ainda não está no nível das equipes que disputam o título.

"Existe uma grande expectativa em nós no momento por causa de Monza, a dobradinha, e no último final de semana, quando fiz a pole e quase ganhei a corrida. As pessoas estão esperando grandes coisas. Mas temos que ignorar de certa forma, porque não estamos rápidos como Mercedes e Red Bull ainda. Temos muito trabalho a fazer, mas toda corrida é uma oportunidade", encerrou.

Após 15 etapas disputadas, Norris soma 139 pontos no Mundial de Pilotos, o que o deixa na quarta colocação da tabela, à frente inclusive do segundo carro da Red Bull, pilotado por Sergio Pérez. O inglês já conquistou quatro pódios nesta temporada, chegando em terceiro três vezes (Emília-Romanha, Mônaco e Áustria), além do segundo lugar em Monza.

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