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Novos times na F1: FIA pode dizer sim. Mas e a Liberty?

Da Alemanha, chegam notícias de que a FIA aprovou a entrada de Andretti e Hitech para 2026. Mas é preciso o OK da Liberty Media

17 jul 2023 - 18h26
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A Hitech é uma das equipes que teriam sua candidatura aprovada pela FIA para a F1 2026
A Hitech é uma das equipes que teriam sua candidatura aprovada pela FIA para a F1 2026
Foto: Hitech GP / Facebook

Mais um capítulo da novela melodramática "Novos times na F1 em 2026" deve ter um desfecho em breve. Porém novas perfomáticas páginas deverão ser escritas em breve e deixarão o distinto público com a respiração suspensa...

Desde fevereiro, quando a FIA iniciou o processo de consulta para novas equipes, muito barulho se levantou. A entidade não divulgou oficialmente quais eram os interessados, porém há um consenso de que 5 propostas foram apresentadas: Andretti, Hitech, Rodin Carlin, Formula Equal (Craig Pollock, ex-BAR, com apoio da Arabia Saudita) e a LKY SUN.

Destas, as 3 iniciais podem ser levadas mais à sério. A Andretti não é uma novidade e conta com o apoio da Cadillac e da gigante financeira Gainsbridge; Já Hitech e Carlin tem muito em comum: são equipes britânicas com uma grande experiência nas categorias de base e tem forte apoio de milionários: a Hitech anunciou a chegada do bilionário cazaque Vladmir Kim e a Carlin tem como acionista principal Dave Dickermdomno da Rodin Cars. As outras são uma grande dúvida.

A informação que chegou nesta segunda vinda da Alemanha e da França é de que a FIA teria fechado questão em duas proponentes: a Andretti e a Hitech.

Ambas já trabalham febrilmente em suas ações: a Hitech teria cerca de 60 pessoas trabalhando e uma parte delas no túnel de vento da Mercedes (falamos disso aqui); Já a Andretti anunciou a construção de uma nova fábrica nos Estados Unidos, onde ficará a base de suas operações, e a busca de uma área na Europa para a parte técnica.

A questão é: não basta a FIA dar o OK.

Embora a FIA seja a responsável esportiva da categoria, a parte comercial reside sob responsabilidade da Liberty Media. Afinal de contas, ela quem tem os direitos da F1. Ir contra isso é simplesmente uma briga jurídica de proporções homéricas.

Ao contrário do que se diz, não há um cisma aberto entre a FIA e a F1. Pelo menos não da maneira como vimos meses atrás. Após a reestruturação da operação da F1 por parte da FIA e, especialmente, a saída de cena de Mohammed Ben Sulayem, presidente da entidade (e que vai aparentemente se tornando cada vez mais um comandante de um único mandato), as coisas serenaram.

Embora a FIA tenha forçado a abertura deste processo, a documentação é clara quando diz que a entrada de novos times está condicionada não somente à aprovação por parte da entidade, mas principalmente a um acordo comercial com os detentores dos direitos.

Semanas atrás, Ben Sulayem deu entrevista neste sentido, dizendo que somente o OK da FIA não bastava. Mas em entrevista à Motorsport, o CEO da F1, Stafano Domenicali, foi muito taxativo de que não era favorável a entrada de novos times na categoria.

"Sobre isso, não mudei de idéia. Não é somente dinheiro, como temos dito. E não quero antecipar nada porque há um processo e acredito que tenho de respeitar o fato de que a FIA lançou seu processo e logo teremos uma conclusão"

"Como sempre dissemos, temos que ter certeza de que a decisão é a correta para o negócio. Creio que este é o papel da FIA e nosso juntos e tem que ser levado em consideração. Por isso é outra decisão que deverá ser tomada nos próximos meses."

Domenicali fala de forma diplomática, mas sempre deixou claro que quer primeiro garantir a segurança financeira da categoria (times incluídos) para depois sim pensar em expansão. Como até escrevi aqui e ele próprio reforça na entrevista, tem que fazer sentido para o negócio F1.

É uma posição complicada de explicar para os fãs, que querem um grid com mais carros. Embora se entenda que a F1 não quer que qualquier um entre na categoria (o processo feito em 2009/2010 foi extremamente doloroso neste sentido), um esporte que quer se conectar com o seu público não pode deixar de lado o apelo.

A Andretti conseguiu em tese dobrar todos os obstaculos que colocavam: tem dinheiro, estrutura e uma gigante automotiva como parceira (GM). A Hitech tem experiência de pista e um forte suporte financeiro. A ver os próximos capítulos. Quero acreditar que teremos um final feliz breve pois, embora parecça longe, botar um F1 para andar em 2026 está quase em cima da hora para querm quer começar do zero...

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