Pai de Herta mostra pessimismo com superlicença e diz "aceitar qualquer decisão"
Bryan Herta, pai de Colton Herta e também estrategista do filho na Andretti, revelou que não há planos de competir no inverno para tentar conquistar os pontos necessários para a superlicença
POR QUE A FÓRMULA 1 ESTÁ OBCECADA COM COLTON HERTA?
Colton Herta está na mira da AlphaTauri para a temporada de 2023 da Fórmula 1, mas o americano não tem os pontos suficientes para a superlicença. Com apenas 32 dos 40 pontos requisitados, a Federação Internacional de Automobilismo não parece disposta a abrir uma exceção para colocar o americano na categoria. Perguntado sobre a possibilidade do filho correr em outas categorias durante o inverno americano para acumular pontos, Bryan Herta deixou a decisão nas mãos da FIA.
"Realmente não sei quais seriam as opções. Não sei se, com a licença, ele pode correr na F3 ou na F4. Realmente não depende dele ou de nós, caberia às pessoas de lá decidir o que fazer. Entendo os dois lados dos argumentos. Tenho um lado emocional de um lado do argumento, mas também tenho uma compreensão intelectual de ambos os lados do argumento. Estava claro antes do início da temporada quais eram os requisitos, e isso não mudou. Cabe a eles", afirmou Herta neste sábado (10) durante o GP de Laguna Seca.
"Não vejo por que a Indy iria querer fazer isso (Indy mexer os pauzinhos). Por que eles vão facilitar a saída de seus pilotos daqui? Não acho que seja do interesse deles fazer isso. Você tem que se sentir sortudo por ver o Colton nesta posição em que as equipes estão expressando interesse publicamente e isso é incrível e claramente genuíno. Todo mundo sabe claramente o que quer, mas isso não está nas mãos de ninguém aqui. Colton tem que aceitar qualquer decisão que aconteça", disse Bryan.
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Colton Herta (Foto: IndyCar)
O estrategista de Colton na Andretti ressaltou que o filho segue comprometido com suas funções na Indy e que não quer passar a impressão de que está desesperado para ir para a Fórmula 1. Além disso, o ex-piloto espera que a FIA tome uma decisão em breve, já que a indefinição gera um mal-estar para diversos envolvidos na situação.
"O que Colton quer fazer é proteger a Indy e não criar uma impressão de que ele está morrendo de vontade de sair. Não é algo para fugir ou desvalorizar. Mas a Fórmula 1 é a Fórmula 1. Em escala global, é a principal categoria do automobilismo, indiscutívelmente. Qualquer piloto que se preze gostaria de experimentá-la", explicou Bryan.
"Ter uma resolução é melhor para todos. É desconfortável com as pessoas, donos de equipes, outros pilotos, especificamente para o Colton. Ele quer ter uma chance na Fórmula 1. Eu acredito que ele é bom o suficiente para arriscar, mas você não quer entrar lá com um asterisco. Estou um pouco surpreso com o quão controverso e público tudo se tornou. Prefiro que seja resolvido em silêncio, e é isso", ressaltou Herta.
Colton Herta em ação com a McLaren em Portimão (Foto: Reprodução / Twitter)
Por fim, o americano também destacou a importância do teste feito por Colton com a McLaren em julho. Na ocasião, Herta, que foi contratado como piloto de testes e desenvolvimento da equipe britânica, testou o MCL35M, carro de 2021 do time na Fórmula 1, no circuito de Portimão, em Portugal, e teria impressionado.
"Não há dúvida de que Zak Brown e a McLaren deram a Colton a oportunidade de pilotar um carro de Fórmula 1, e tudo correu bem. Não há dúvida de que isso teve um impacto positivo em sua percepção por outras pessoas naquele paddock depois disso", concluiu Bryan.
Enquanto a FIA não define seu futuro, Colton Herta volta às pistas neste fim de semana para o GP de Laguna Seca, que encerra a temporada de 2022 da Indy. A largada para a corrida está marcada para às 16h no horário de Brasília, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.
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