Pela mão de Ricciardo, Lawson tem sua grande chance na F1
Por conta da fratura da mão de Daniel Ricciardo, Liam Lawson tem a sua grande chance na F1 neste GP da Holanda. A ver se consegue aproveitar
Nada é certo na vida. Quem comprovou esta máxima nesta sexta-feira foi Daniel Ricciardo. O australiano estava fazendo sua 7ª volta no Treino Livre 2 do GP da Holanda (ou Países Baixos) e tinha acabado de fazer um bom tempo. Porém, ao ver o seu compatriota Piastri batido na Curva 3, acabou perdendo o controle e bateu no mesmo ponto.
A batida não teve nada demais. Só que Ricciardo não soltou o volante e o reflexo da batida acabou fazendo que o punho fosse afetado. Imediatamente, a o piloto reclamou de dores e foi para o Centro Médico. Lá, foi confirmada a fratura do metacarpo (um osso da mão).
A partir da notícia de que Ricciardo não poderia correr, a especulação de quem ocuparia seu posto começou. O nome de Nyck De Vries chegou a ser comentado, mas logo veio a confirmação veio por parte de Helmut Marko: Liam Lawson assume a AlphaTauri.
É o batismo de fogo do neozelandês de 21 anos. Lawson é um daqueles infantes muito bem tratados da Academia Red Bull e que desde o início era considerado um dos potenciais pilotos de futuro. Na F4 Australiana, venceu campeonato e depois vice-campeão da F4 alemã. Em 2019, entrou para o programa taurino e venceu a Toyota Series e a EuroFormula (onde encontrou Yuki Tsunoda).
Isso deu condições de fazer mais um ano na Toyota Series no início de 2020 (2º lugar, perdendo para Igor Fraga) e depois da FIA F3, chegando em 5º (3 vitórias). Em 2021, a Red Bull decidiu que subiria para a F2 e que faria a DTM em paralelo. Na F2, chegou em 9º lugar. Mas no DTM, correndo com uma Ferrari, Lawson disputou o campeonato até o final. Só que na última prova, o jovem foi devidamente cercado por Kelvin van der Linde na primeira curva e o título ficou para Maxmilian Gotz.
Com este currículo, a F1 passou a ser um sonho possível. Em 2021, o primeiro gosto de pilotar veio em Goodwood. Em 2022, Lawson fez sua estreia andando na Red Bull no GP da Bélgica. Neste ponto, o neozelandês assumiu o posto de reserva após o episódio de falas racistas de Juri Vips. Após um bom desempenho, Lawson voltou a andar, mas na Alpha Tauri, no GP do México.
Até houve a esperança de virar o titular no “mundo Red Bull”. Mas Helmut Marko não o julgou pronto, preferindo De Vries e o deslocou para a Super Formula japonesa, o mantendo como reserva.
Este é o lado ruim do piloto reserva: acaba aparecendo quando acontece algo com os titulares. Mas é a grande chance de Liam Lawson provar que pode ser o titular no “mundo Red Bull” em 2024 diante de toda a movimentação envolvendo a AlphaTauri e o posto de Sergio Perez que sempre está na berlinda.
Que os deuses do automobilismo façam suas ações e que Liam Lawson tenha condições de mostrar seu potencial. Seu objetivo é mostrar a Helmut Marko que o piloto que a Red Bull espera esteve sempre por perto, mas faltou a oportunidade. Para se acostumar, terá somente um Treino Livre e uma Qualificação antes da corrida. Vejamos.