Porsche considera deixar Fórmula E após 2024 por planos de ingressar na F1
Vice-presidente de automobilismo da Porsche, Thomas Laudenbach admitiu que equipe pensa em entrar na Fórmula 1, mas se esquivou sobre continuidade na Fórmula E a partir de 2025
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A presença da Porsche na Fórmula E está garantida até o ano de 2024, mas existe a possibilidade da equipe abandonar a categoria após o período. As informações são do portal The Race, que acrescenta ainda a vontade da cúpula da escuderia alemã de entrar na Fórmula 1 nos próximos anos — em decisão que ainda não foi tomada, mas deve ser anunciada em breve.
Assim, a participação da Porsche na temporada de estreia dos carros Gen3, em 2023, segue garantida. A partir do ano seguinte, no entanto, está prevista uma nova homologação de regras na Fórmula E que inclusive deve apresentar uma versão diferente — e melhorada — dos carros de terceira geração. E a Porsche ainda não sabe se estará envolvida neste processo.
"Eu não posso dizer nada sobre a F1, se vai acontecer ou não, eu não sei", disse Thomas Laudenbach, novo vice-presidente de automobilismo da Porsche, ao The Race. "Hipoteticamente, se acontecer, por mim continuaremos na Fórmula E já que queremos ter sucesso nisso", afirmou.
André Lotterer precisou economizar energia e despencou de quarto para décimo na primeira etapa do ano, em Diriyah (Foto: Porsche)
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Laudenbach assumiu o cargo já na reta final de 2021, após a aposentadoria de Fritz Enzinger, antigo dono do posto. Desde que passou a cumprir a nova função, Thomas visitou o paddock da Fórmula E pela primeira vez em Diriyah, na etapa de abertura da temporada 2022, além de já ter começado a efetuar mudanças nos quadros da Porsche.
Com as saídas de Pascal Zurlinden, chefe de fábrica, e Amiel Lindesay, chefe de operações — duas saídas por "motivos pessoais", de acordo com a justificativa oficial —, o alemão foi atrás de Florian Modlinger, ex-diretor técnico e de operações na Abt Sportsline e que possui experiência com a Audi na Fórmula E, para chefiar o projeto do carro Gen3.
"Não sei sobre o longo prazo, mas acho que é algo normal. Praticamente todos os anos nós sentamos e vemos qual será o objetivo a longo prazo", continuou. "Então, mesmo que seja um fato, seria muito cedo para dizer que vai acontecer. Para mim, temos um comprometimento claro e vamos cumpri-lo. E queremos cumprir também pois nos dá a oportunidade de vencer, e é sobre isso que somos", ressaltou Laudenbach.
Pascal Wehrlein liderou o TL3 em Diriyah, mas conseguiu um nono lugar na corrida 2 como melhor resultado (Foto: Porsche)
Além do desenvolvimento do carro Gen3 da equipe para 2023, outra novidade no ano da Porsche será o fornecimento do motor para a Andretti, uma de suas competidoras no grid atual. Laudenbach indicou que o pensamento do time precisa estar completamente focado em construir o melhor carro possível para o ano que vem, e os demais planos ainda precisam ser pensados.
"Não esqueça que estamos trabalhando com marcas icônicas e existe certa expectativa, então queremos cumpri-la e esse é o principal objetivo", detalhou. "Para nós é algo claro, construir o Gen3. Mas isso tem mais a ver, digamos, com as coisas internas. Você recebe uma permissão de cinco anos para correr, o que significa que pelo menos dois serão com os Gen3", destacou.
"Mas isso depende muito mais de como decidimos as coisas internamente. Tudo que vai além disso, eu não sei", admitiu. "Não muda a abordagem para nós. Se continuarmos, eu ficaria feliz, mas ainda é muito cedo. Definitivamente não há mudança em nossa abordagem. Se entrarmos em apenas dois anos, queremos vencer os dois, se possível. Acho que isso não é algo que queremos ter na mente, porque influencia como você trabalha e precisamos estar totalmente focados no que fazemos", encerrou.
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