Prost crê que Senna "não estava bem" em 1994: "Sem mim no grid, perdeu o rumo"

Ayrton Senna e Alain Prost protagonizaram, no fim dos anos 80 e início dos 90, o que pode ser considerada a maior rivalidade da história da Fórmula 1. Os gigantes da categoria brigaram pelo Mundial de Pilotos de forma direta em três ocasiões e, em duas delas, o título foi decidido após um acidente entre eles.

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Enquanto competidores, Senna e Prost não tinham relação amigável. Tanto que, em 1993, quando defendia a então poderosa Williams, o francês tinha uma cláusula no contrato que impedia o time britânico de contratar o piloto brasileiro.

No entanto, quando Alain se aposentou de vez da F1 ao fim de 1993, os atritos com o rival diminuíram de forma considerável e, ainda que não tenham se tornado amigos, os dois passaram a se falar com uma certa frequência.

À emissora francesa L'Equipe, o tetracampeão mundial disse que Senna o ligava com uma certa frequência e chegou a sugerir que, depois de sua aposentadoria, o brasileiro havia perdido a motivação no esporte.

"Nos comunicamos muito com Ayrton nos dias após minha aposentadoria. Senti que ele não estava bem. Ele me ligou com frequência. Às vezes duas vezes por semana", revelou Prost. "Ele nunca me ligou enquanto eu ainda estava correndo. Ele havia, sem mim, perdido o rumo. Eu provavelmente era sua fonte de motivação. É difícil de entender", seguiu o francês.

Quase 30 anos após a morte de Senna, Prost reconheceu a importância que os dois tiveram para a história do esporte a motor e buscou lembrar apenas dos bons momentos, ainda que raros, que teve com o ídolo brasileiro.

"Nós dois vivemos uma incrível história humana e psicológica. Você tem que ficar nas belas lembranças", reconheceu.

Senna e Prost levaram as disputas pelo título até o final nas temporadas 1988, 1989 e 1990, com o brasileiro levando a melhor em 1988 e 1990 e o francês triunfando em 1989.