Red Bull critica expansão e diz que calendário da F1 já está "saturado" com 23 corridas
Christian Horner, chefe de equipe da Red Bull, não vê com bons olhos a ideia de expandir o calendário da F1. Para ele, 23 corridas já saturam a temporada
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Num ano de calendário recheado, o aumento no número de corridas na Fórmula 1 é algo muito discutido. Isso porque Stefano Domenicali, chefão da categoria, já demonstrou que vários países têm interesse em receber um GP e, por isso, a F1 teria potencial para chegar até mesmo a 30 etapas no futuro.
Só que a ideia não é bem-vinda para muitas equipes, sobretudo para a Red Bull. Além de ferir o Pacto da Concórdia — que dita os direitos comerciais do campeonato de 2021 a 2025, Christian Horner, chefe de equipe dos taurinos, crê que estender o calendário passa muito do limite.
"Com 23 corridas você já atingiu o ponto de saturação", disse ele, em entrevista ao site Motorsport-Total. "Talvez você tenha que pensar novamente em algumas outras corridas no calendário", acrescentou ele.
Na esteira disso, o GP de Mônaco, por exemplo, levantou o assunto na semana passada. A etapa em Monte Carlo tem contrato até o fim desta temporada e, com mais alguns locais chegando à F1 — como Miami, Las Vegas e Arábia Saudita —, ficou a questão: seria o fim da clássica corrida no Principado? Só que Michael Boeri, presidente do Automobile Club de Monaco (ACM), negou e confirmou que conversa com a categoria para prolongar o contrato.
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GP de Mônaco faz parte da F1 desde 1950 (Foto: Red Bull Pool Content/Getty Images)
"Gostaria de me referir ao que foi informado pela imprensa, que diz que estávamos lutando para continuar com as corridas nos próximos anos. Estava implícito que as taxas exigidas pela Liberty [Media] eram excessivas para Mônaco e o GP não seria mais realizado, o que não é verdade", disse Boeri num evento com os organizadores antes da corrida do próximo mês, segundo noticia o jornal La Gazette de Monaco.
Alguns pilotos também se manifestaram, como é o caso dos franceses Esteban Ocon e Pierre Gasly. Os dois defenderam o GP da França, que também corre sérios riscos num futuro próximo. O representante da Alpine, inclusive, disse que, no que depender dele, o circuito de Paul Ricard vai continuar acontecendo por bastante tempo.
"Farei tudo o que puder para tentar manter o GP da França no calendário. É muito especial para nós ir lá todos os anos", declarou Ocon, sem entrar em polêmicas quanto à chegada dos novos países. "Estou muito feliz por descobrir circuitos novos", finalizou.
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