Red Bull diz que sanção por quebra do teto de gastos "não fará mal se formos espertos"
Para o projetista Adrian Newey, a punição por violar o limite orçamentário em 2021 não será tão prejudicial se os taurinos focarem "nas coisas certas" no ano que vem
Por mais que o ano da Red Bull na Fórmula 1 tenha sido muito bem-sucedido em 2022, os taurinos têm uma dor de cabeça para a próxima temporada: a redução de testes aerodinâmicos, após a punição por terem violado o limite orçamentário de 2021, fixado, à época, em US$ 145 milhões (R$ 759 milhões). No entanto, para o projetista Adrian Newey, a penalidade não será tão severa se eles souberem lidar bem com a situação.
O diretor-técnico da marca dos energéticos, Pierre Waché, conversou recentemente com o portal holandês RacingNews365.com e explicou que a base em Milton Keynes já terá uma desvantagem natural por ter vencido o título de Construtores. Pelo regulamento, ela terá 5% a menos de testes aerodinâmicos em comparação à vice-campeã, Ferrari, por exemplo. Contudo, eles ainda perderão mais 7% por conta punição. Ou seja: 12% a menos, no mínimo, que as rivais.
"A redução dos testes em túneis de vento significa que podemos avaliar menos componentes diferentes, menos ideias diferentes", disse Newey, num vídeo divulgado pela equipe. "Se formos realmente inteligentes e sempre colocarmos as coisas certas, é claro que não faz muita diferença", acrescentou.
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"A Ferrari não vai descansar. Eles estarão resolvendo suas áreas fracas. Eles tiveram alguns problemas de confiabilidade, obviamente cometeram alguns erros nos boxes. Então eles estarão de volta. E, claro, você obviamente viu a Mercedes começando com um carro que estava muito longe do ritmo e evoluindo a ponto de vencer a penúltima corrida. Então sabemos que eles estarão lá. Vai ser um ano difícil, com certeza", concluiu ele.
Além de contar com um dos mais talentosos pilotos do grid atual, Max Verstappen, o corpo técnico da Red Bull é considerado um dos melhores, sob o comando de Christian Horner. Waché também foi questionado pela publicação sobre a diferença que nomes como o de Newey podem fazer ano que vem, mas aproveitou os tempos de Copa do Mundo para explicar que jogador não vence sozinho.
"É como um time de futebol. Se você jogar dez contra 11, mesmo com Messi no time, vai ser muito difícil vencer o jogo", comparou, citando o atacante da Seleção Argentina, considerado um dos melhores jogadores de futebol de todos os tempos.
"Temos Adrian [Newey], sem dúvida, ele é uma parte grande da equipe, mas eles [os rivais] também possuem pessoas muito boas em suas equipes. O trabalho que foi feito neste carro não é de apenas um, mas de muitos. Com certeza, podemos trabalhar mais, assim como os outros", encerrou.
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